"O que é que se encontra no início? O jardim ou o jardineiro? É o jardineiro. Havendo um jardineiro, mais cedo ou mais tarde um jardim aparecerá. Mas, havendo um jardim sem jardineiro, mais cedo ou mais tarde ele desaparecerá. O que é um jardineiro? Uma pessoa cujo pensamento está cheio de jardins. O que faz um jardim são os pensamentos do jardineiro. O que faz um povo são os pensamentos daqueles que o compõem." (Rubem Alves)

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

SEM CAPACETE, SEM CINTO DE SEGURANÇA: NAS RUAS


A reportagem abaixo versa sobre situação que há muito observo nos bairros periféricos de Fortaleza. Retrata a realidade dos locais onde a fiscalização de trânsito inexiste e, nesse ponto, reproduz perfeitamente a realidade dos municípios interioranos nos quais os prefeitos são extremamente resistentes à ideia de cumprirem a legislação de trânsito, criando e colocando para funcionar os órgãos ou entidades executivos(as) municipais responsáveis pela gestão de uma atividade que impacta fortemente a vida de todos. Destaque-se, entretanto, que - especificamente no Ceará - dentre os municípios que formalmente já assumiram essa responsabilidade - aderindo ao que se convencionou chamar "municipalização" - grande parte não o fizeram, ainda, de fato. São estruturas que existem apenas no plano dos "projetos" ou, de forma mais clara, na prática não fiscalizam nada, são totalmente inoperantes! Sem entrar, aqui, no mérito das outras atividades que também competem aos órgãos e entidades municipais de trânsito.     

Regras básicas de trânsito são desobedecidas de forma flagrante em bairros da periferia de Fortaleza

O motorista do transporte escolar não usa cinto de segurança. A aluna e o instrutor da autoescola também não. Os vidros vão abertos, nem se preocupam em esconder que o uso de cinto de segurança por condutores e passageiros é exceção. O capacete encontra, no máximo, o cotovelo dos motoqueiros.
Em outra cena, ainda sobre duas rodas, os pais até se protegem. Mas penduram a criança pequena na frente da moto. A frequência do desrespeito com as regras de trânsito denuncia que os motoristas dos bairros periféricos de Fortaleza não estão muito preocupados com as ações de fiscalização ou com a própria segurança.
O POVO observou cruzamentos e avenidas movimentadas em quatro bairros: Barra do Ceará, José Walter, Conjunto Ceará e Siqueira. Cada um revelou uma especialidade: na Barra do Ceará, os motoristas sem capacete brotavam nos semáforos. Os atendimentos de acidentados com motos no Instituto Doutor José Frota (IJF) chegou a 2.311 de janeiro a outubro de 2010.
No Siqueira e no Conjunto Ceará, eram os motoristas sem cinto. Em cinco minutos de contagem no encontro da avenida A com a avenida Ministro Albuquerque Lino, a central do Conjunto Ceará, O POVO registrou 17 condutores sem o cinto de segurança, contra seis com cinto. Em nove casos não foi possível determinar se o motorista estava protegido, por causa do vidro fumê.
Os moradores atribuem o descuido quase generalizado à “falta de educação”. Mas há os que se queixam da fiscalização de trânsito, que prioriza outras regiões da cidade. O moto-taxista Francisco José Ferreira da Silva, 39, morador do Conjunto Ceará desde criança, diz que os motoristas podem até melhorar o comportamento. Basta chegarem às áreas onde os agentes de trânsito estão mais presentes, como Aldeota e Centro. “Nos bairros mais afastados, o motorista é menos cobrado, menos fiscalizado. Nos outros lugares, você vê mais viaturas da AMC e o cara não vai arriscar levar multa por causa de um cinto”.

Estacionamento

No Conjunto José Walter, o canteiro da avenida D é estacionamento de carros e motos. É a mesma avenida do Hospital Distrital Gonzaguinha e da Escola Municipal de Trânsito do bairro. “Quando a AMC passa, o pessoal avisa e a gente tira. Até hoje não vi quem tenha sido multado”, conta o vendedor Rodolfo Hara, 25. A moto dele faz fila com as outras, no canteiro. “É porque não tem outro lugar para colocar e ali é sombra”, justifica.
O presidente da AMC, Fernando Bezerra, reconhece que o efetivo de agentes de trânsito não alcança com trabalho preventivo todos os bairros com uma frequência desejável. “Temos rotas que percorrem os bairros, mas verdadeiramente não temos condições de estarmos corriqueiramente em todos. Nos mais afastados, os problemas de trânsito são muito pequenos se comparados com outras áreas, como na Aldeota, Centro, avenidas Bezerra de Menezes, Gomes de Matos”, defende.
Ele acredita que, este ano, a AMC fará novas contratações de agentes, impulsionadas pelas obras que continuarão a se multiplicar na cidade, implicando em mais desvios de tráfego. No momento, ele diz que a Prefeitura está investindo em fiscais de outras áreas, como de serviços urbanos.

Onde

ENTENDA A NOTÍCIA
Longe dos bairros onde há rmais fiscalização, até as infrações nas ruas são mais flagrantes. Parece que o motorista circula por duas cidades: a da periferia, onde pode relaxar do que diz a legislação, e a da Aldeota.

Fonte: O POVO online - 09.02.2011

Em tempo: convido os agentes de fiscalização que porventura acessarem o blog para, no espaço destinado aos comentários, realizarem o enquadramento legal (à luz do CTB) diante da foto que ilustra esta postagem. Pessoal do DMT de Quixadá, Deijanete (DMT Iguatu), Kelber, Joaquim Filho, Renata (AMTQ) etc: é com vocês!

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

VENDA DE VEÍCULO: COMUNICAÇÃO ELETRÔNICA EM CARTÓRIO


Vez por outra sou abordado por conhecidos ou amigos que comercializam seus veículos, não efetuam a devida transferência e, tempos depois, são surpreendidos por multas e até mesmo notificações policiais e/ou judiciais.

Desse modo, é bem vinda a iniciativa constante do artigo 16, da Lei Estadual nº 14.826/2010, que estabelece: “Ficam os cartórios de Títulos de documentos obrigados a registrar e informar eletronicamente operações de venda e compra ou qualquer forma de transferência de propriedade de veículos ao órgão de trânsito do Estado do Ceará”.

Isso significa o seguinte:

  • O DETRAN somente executará o procedimento de transferência de propriedade de veículos mediante a Comunicação Eletrônica de Venda, efetuada por Cartórios Oficiais do Estado do Ceará, cuja a identificação do proprietário deverá coincidir com a da Autorização Para Transferência de Propriedade de Veículo, objeto do respectivo CRV-Certificado de Registro de Veículo;
  • Quando ocorrer o reconhecimento de firma do vendedor do veículo, em outra unidade da Federação, será obrigatório o abono do sinal público do tabelião, em qualquer Cartório do Estado do Ceará;
  • O reconhecimento de firma do proprietário vendedor efetuado em qualquer Cartório do Estado do Ceará, será acatado sem a necessidade do abono do sinal público do tabelião;
  • Será de exclusiva competência do Cartório que procedeu o Comunicado Eletrônico de Venda, a retificação de dados quando da ocorrência de erro;
  • O DETRAN registrará o endereço do novo proprietário conforme comprovante apresentado, independente do constante do Comunicado Eletrônico;
  • Independentemente da existência de Comunicado Eletrônico de Venda, o atual proprietário do veículo poderá requerer diretamente junto ao DETRAN, 2ª via do CRV – Certificado de Registro de Veículo, sem a necessidade de solicitação do cancelamento do Comunicado de Venda executado pelo Cartório, atendida as formalidades exigidas para o procedimento;
  • Quando da emissão do Extrato de Pagamento da Taxa de transferência, a “data transferência”, para efeito de incidência ou não da multa prevista do Art.233 do CTB, será a da Comunicação Eletrônica de Venda;
  • Os Cartórios não executarão a Comunicação Eletrônica de Venda, nos seguintes casos:
- quando na Autorização de Transferência de Propriedade do Veículo/CRV, a data da venda for posterior a da Comunicação Eletrônica de Venda;
- quando houver no prontuário do veículo restrições administrativa, intransferibilidade judicial ou queixa de roubo;
- quando tratar-se de veículos leiloados especificamente por Órgão do Sistema Nacional de Trânsito, Órgãos Públicos, Poder Judiciário e também objeto de Ato de Destinação de Mercadoria da Receita Federal do Brasil;

  • As transferências de propriedade de veículos com datas de venda no período de 02.01.2011 a 31.01.2011, ESTARÃO ISENTAS da obrigatoriedade do registro do Comunicado de Venda Eletrônico do Cartório, desde que as respectivas transferências sejam processadas junto ao DETRAN, até 30 (trinta) dias após a data de venda;
  • As transferências de propriedade de veículos com datas de venda anteriores a 02.01.2011, obrigatoriamente, deverão ter seus registros de Comunicação de Venda Eletrônica processadas pelos respectivos Cartórios ou no CECAF- Centro Estadual de Contratos de Alienação Fiduciária/Instituto de Registro de Títulos e Documentos e Pessoas Jurídicas do Ceará.
  • A competência de examinar a representação legal, nas transferências de veículos de propriedade de pessoas jurídicas, conforme parágrafos “5°” e “6°” do Art.698 do Provimento N° 01/2007 da Corregedoria Geral da Justiça do Estado do Ceará, será de inteira responsabilidade dos Cartórios que as registraram, não cabendo, portanto, ao DETRAN exigir a apresentação de Contratos Sociais e Aditivos.
 Fonte: elaborado sobre notícia veiculada no portal do DETRAN-CE

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

"EU ME SINTO UM DAVI ENFRENTANDO O GOLIAS"


Daniel Fagner Rodrigues é um jovem universitário que enfrenta a cada dia batalhas de gigantes. “Eu me sinto um Davi enfrentando um Golias”, revela. E a voz não é de quem se assusta. Montado em sua cadeira de rodas motorizada, o jovem não se restringe às paredes de casa e quer atravessar o portão para ganhar o mundo. Pequenos limites para a maioria das pessoas, grandes barreiras para os cadeirantes. “Uma calçada desnivelada tira quase toda a minha vontade de andar por Fortaleza. Eu vou de teimoso”.

Propomos a Daniel acompanhá-lo em tarefas comuns. Pegar um ônibus até a Universidade Estadual do Ceará, na qual cursa Serviço Social e ir ao local onde estagia. Os obstáculos já começam da porta. Ele não consegue alcançar o trinco do portão do prédio e pede ajuda. “Isso aqui é muita humilhação. Não me sinto cidadão”, lamenta, de cabeça baixa. Logo virão outras barreiras. A calçada muito estreita e desnivelada tem um poste de iluminação bem no meio. O jovem precisa atravessá-lo pela pista, com o risco de atropelamento.

Vencidas as primeiras etapas, começa mais um desafio, aparentemente simples: aguardar a vinda de um ônibus adaptado. Chegamos à parada às 9h45min. E lá vem um Francisco Sá/Parangaba, em pouco mais de cinco minutos. Rápido até. O transporte, entretanto, não tem o elevador. Aguardamos o próximo.

O sol queima a cabeça de Daniel e faz o tempo ficar ainda mais devagar. Chega o próximo, o seguinte e o depois. Os sete primeiros ônibus sem adaptação. Daniel coloca um boné na cabeça ensopada de suor. Já são 10h45min e nada de transporte para cadeirantes. O rapaz pergunta a um dos motoristas qual o horário do veículo adaptado seguinte. “Onze e dez ele sai do fim da linha”, é a resposta.

Dois “Franciscos Sá” e 15 minutos depois, finalmente vem um veículo com adaptação. Uma hora e meia de espera. Subir no ônibus durou poucos segundos para a repórter e para o fotógrafo. Para Daniel, cerca de um minuto e meio. “Nem todo motorista está disposto a esperar esse tempo, mesmo que pequeno”, alega o rapaz. Disposto no lugar reservado para cadeirantes, o motorista dispara. Pela direção rápida, se mostrava atrasado.

Como qualquer pessoa, Daniel prima pela autonomia. “Mesmo sendo cadeirante. Eu poderia pegar algum ônibus sem elevador, mas acredito que isso gera muita dependência. Nem todo mundo está disposto a contribuir”, assegura por algumas experiências. Um colega na universidade, por exemplo, se recusou a ajudá-lo a subir na calçada sem rampa. “Disse que estava atrasado. Desde esse dia, evito ao máximo pedir ajuda”.

Da Uece, Daniel resolve pedir um carro adaptado, para se dirigir ao estágio. A fase foi a mais fácil. Sorte? Ele acredita que sim. Na segunda ligação a uma cooperativa de taxistas havia carros adaptados. O taxista avisa que há 40 carros daquele tipo na cidade. Mas nem todos aceitam transportar cadeirantes. E Daniel não perde o bom humor. “E é mais barato agora, é? Né não é a mesma tarifa, não? Olha que eu vou começar a pagar menos”.

O quê
ENTENDA A NOTÍCIA
A Lei Federal 10098/2004 determina que até 2014 toda a frota brasileira de transporte coletivo esteja adaptada para atender aos cadeirantes. A norma foi aprovada antes da decisão de que a copa de 2014 seria realizada no Brasil.

SAIBA MAIS

Em matérias publicadas dias 2 e 3 de dezembro, O POVO acompanhou as dificuldades da cadeirante Carlota Amália, 33, de se deslocar pelos órgãos públicos de Fortaleza devido à falta de acessibilidade.

Ônibus
O presidente da Etufor, Ademar Gondim afirma que o trabalho de adaptação dos ônibus em Fortaleza se intensificou a partir de outubro de 2008, quando todos os novos veículos traziam adaptações. Segundo ele, a meta é que toda a frota tenha elevadores até 2014.
Daniel Fagner Rodrigues foi diagnosticado com artrite reumatóide aos cinco anos. Aos nove, perdeu totalmente a mobilidade. Hoje a doença crônica está estagnada.

Para conseguir comprar a cadeira de rodas adaptada, Daniel organizou um bingo. O prêmio foi um aparelho celular, de modelo simples. O rapaz arrecadou com o bingo metade do valor da cadeira. O restante foi parcelado.

O apartamento onde Daniel vive com os pais e um irmão é alugado, por isso, a família acha que não vale a pena adaptá-lo.

Treze é o número de veículos na linha Francisco Sá/ Parangaba.

Dos 1.748 ônibus de Fortaleza, 528 possuem adaptações para cadeirantes. A meta é que cada um dos veículos que circulam por Fortaleza seja adaptados até 2014.

Fonte: O POVO ONLINE - 04.02.2011

CRESCE A OFERTA DE CARRO COMPARTILHADO ONDE O USUÁRIO PAGA APENAS TEMPO DE USO


Milhões de associados se utilizam de novo serviço de transporte nos Estados Unidos

A crise e a maior consciência ambiental abastecem nos EUA um novo negócio: o compartilhamento de carros, com serviços que funcionam como um clube no qual o associado paga apenas pelas horas em que efetivamente usou o veículo. Em dois anos, o mercado dobrou para, estima-se, 600 mil usuários. Diferentemente do aluguel tradicional, em que há tarifa diária, no compartilhamento o usuário paga para usar um dos carros do serviço uma anualidade ou mensalidade - neste último caso, há cota de horas embutida. Seguro e gasolina estão inclusos.

O público-chave para empresas como a Zipcar, que domina o setor e conta com mais de 500 mil associados e 8.000 veículos, é de universitários, jovens famílias e casais em grandes cidades, onde o transporte público é farto e a garagem é rara (e cara).Mas cada vez mais empresas e instituições adotam o serviço para substituir o "carro da firma". A prefeitura de Nova Iorque se somou em outubro aos 10 mil contratos do tipo da Zipcar e anunciou um acordo-piloto para poupar US$ 500 mil (R$ 843 mil) em quatro anos. Um estudo da consultoria britânica Frost & Sullivan citado pela revista Economist prevê que o mercado de compartilhamento movimentará US$ 6 bilhões (R$ 10,1 bilhões) e terá 10 milhões de usuários até 2016. Metade desse volume virá dos Estados Unidos.

De olho nesses números, a Hertz, líder no aluguel tradicional com a Avis, lançou em 2009 o Connect by Hertz, que segue o molde da Zipcar. Fabricantes também estão atentos: a alemã Daimler, que produz o Smart, lançou no fim de 2009 um serviço que oferece exclusivamente o carrinho, o "car2go". Por ora, além da Alemanha, opera apenas em Austin, Texas. Mas há planos de expansão. A empresa de Cambridge, na grande Boston (Massachusetts), tinha 42 carros quando surgiu, em 2000, inspirada em programas da Europa. Hoje, está em mais de 90 cidades dos EUA, em Londres, em Montreal e em Toronto.

O imediatismo e a hipermobilidade são uma das bases do serviço. Para alugar um carro, é possível reservá-lo on-line minutos antes do horário desejado - há aplicativos para BlackBerry e iPhone que permitem não só a reserva mas sua alteração. Os veículos ficam espalhados em estacionamentos de universidades, shoppings, empresas e até postos de gasolina, em vagas cativas.O usuário recebe um cartão ao se associar e o utiliza para destrancar os carros.
Custo para clientes começa em R$ 10,60 por hora

O preço do compartilhamento de carros varia segundo a cidade, mas começa em US$ 6,30 (R$ 10,60) a hora na Zipcar e US$ 7,65 (R$ 12,90) na Connect by Hertz. A inscrição é de US$ 25 (R$ 42,10) em ambas, e a anualidade mais barata custa US$ 60 (R$ 101,10) na primeira e US$ 50 (R$ 84,30) na segunda.A diária na locadora tradicional da Hertz, em cidades médias nos EUA, não sai por menos de US$ 70 (R$ 118,00) com seguro. A gasolina não é incluída, ao contrário do que ocorre no compartilhamento. Mas é com a indústria automotiva e não com as locadoras tradicionais, que a Zipcar quer concorrer. Um estudo feito em 2008 pela Universidade da Califórnia, em Berkeley, indica que cada veículo compartilhado tira 15 carros da rua. Naquele ano, quando os usuários nos EUA somavam 300 mil, foram economizados 3,4 milhões de litros de gasolina e emitidas 11 mil toneladas de gás carbônico a menos.

O mesmo levantamento de Berkeley mostrou que os motoristas que optaram pelo compartilhamento gastaram 8% do que desembolsaram os proprietários de veículos com manutenção, garagem, seguro e gasolina. Em sua missão, a Zipcar cita "um futuro no qual o compartilhamento de carro supera, em número de adeptos, os proprietários de veículos nas grandes cidades". Os custos da operação, no entanto, são altos, e a Zipcar tem registrado prejuízo - embora o atribua, nos últimos dois anos, a custos operacionais de expansão, com a recente aquisição de companhias menores nos EUA e na Inglaterra. Neste ano, a empresa planeja fazer uma oferta pública inicial de ações.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

DA SÉRIE: "COMO NÃO SE DEVE FAZER" (AINDA BEM QUE ERA SIMULAÇÃO!)


Ainda bem que era simulação!!
Post dedicado a todos os companheiros policiais, a fim de que possa gerar uma reflexão crítica; pois, bem sabemos, no teatro de operações vivenciado dia-a-dia pelos profissionais de segurança, a falta de técnica aliada ao relaxamento não raro termina em tragédia. Já se disse: A DISCIPLINA É O PRIMEIRO PASSO PARA O APRENDIZADO!

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

VOLKSWAGEM APRESENTARÁ HÍBRIDO QUE FAZ 110 KM/L NO SALÃO DO QATAR

Formula XL1 Concept é feito com materiais leves como fibra de carbono. VW diz que custos de produção foram reduzidos para possível produção. Reduzir o consumo de combustível dos carros ao máximo é o atual desafio da indústria automobilística mundial. A resposta para esta meta a Volkswagen apresentará nesta quarta-feira (26) no Salão do Automóvel do Qatar: a terceira fase do conceito Formula XL1 Concept. O híbrido promete consumo de 110 km/l, o que lhe garantiria a melhor marca para um modelo alimentado por um motor elétrico e outro a combustão. Em valores de emissão de CO2 isso significa 24 g/km.

Fora o motor e a embreagem dupla, para chegar ao número, a fabricante alemã afirma que foi preciso reduzir ao máximo o peso do carro. Assim, investiu em materiais leves, como fibra de carbono e peças de polímeros, utilizados em carros de Fórmula 1. Além disso, a aerodinâmica permite menor resistência ao ar.
Como se trata de um híbrido plug-in, o protótipo XL1 também pode ser conduzido por até 35 km somente com o motor elétrico ligado. Segundo a Volkswagen, a bateria pode ser recarregada a partir de uma tomada elétrica convencional. Quando o motor a combustão funciona, a energia das frenagens é revertida para as baterias.
Com capacidade para duas pessoas, o modelo possui portas tipo asas de gaivota, para facilitar o acesso ao carro.
De acordo com a Volkswagen, os custos de produção foram reduzidos significativamente, o que torna possível a produção de uma série limitada. Entre as soluções encontradas para isso, foi o desenvolvimento de materiais em conjunto com fornecedores.

Fonte: G1, em São Paulo - Auto Esporte

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

36,5% DA POPULAÇÃO ENFRENTA CONGESTIONAMENTOS


No Brasil, de 2000 a 2010, a frota de veículos cresceu 90,9% a mais que a população

Os congestionamentos no tráfego de veículos atingem a 36,5% da população brasileira, de acordo com dados divulgados ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Desse total, 20,5% da população fica retida no trânsito sobre rodas mais de uma vez por por dia, enquanto que 16% dela enfrenta um engarrafamento por dia. Já os quem nunca ficaram paralisados são 31%.

A pesquisa do Ipea, Sistema de indicadores de percepção social: mobilidade urbana, descarta no Nordeste e no Centro-Oeste quen a população enfrente trânsito pesado. As regiões onde as pessoas ficam mais tempo no congestionamento são o Sul, 21,9%, e o Sudeste, 21,6%.

O transporte público, principalmente o ônibus, é o meio de locomoção mais usado nas cidades, com 44% dos brasileiros deslocando-se dessa forma. O segundo veículo mais usado é o carro, com 23,8%, seguido pela motocicleta, com 12,6%.

O levantamento preparado com 2.770 famílias constatou que 12,3% se locomovem a pé. De acordo com o estudo, 27,5% da população não usa transporte integrado, apesar dele existir; 33,2% utilizam integração entre ônibus e 4,9% alternam ônibus e metrô. A rapidez é o fator que mais influencia o usuário na escolha de seu meio de transporte, segundo 32,7% dos entrevistados; seguido do preço, 14,8%; do conhecimento do usuário do tipo de transporte, 10,5%; da facilidade de utilização, 8,3%; e do horário adequado à necessidade do usuário, 5,7%.

O estudo indica também que 19,8% da população considera o transporte público muito ruim; 19,2%, ruim; 31,3%, regular; 26,1%, bom; e 2,9%, muito bom.

Por quê

ENTENDA A NOTÍCIA

O problema dos congestionamentos nas vias urbanas tem se agravado nos últimos anos com o crescimento da frota de veículos. Aliado a isso as grandes cidades tem negligenciado quanto ao planejamento urbano, o que piora a situação.

Fonte: O POVO online - 25/01/2011.

sábado, 22 de janeiro de 2011

ANÁLISE DA OMS (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE)

De acordo com o Relatório Global sobre a Situação da Segurança Viária, primeira análise detalhada sobre 178 países que foi publicado em 2009 pela OMS, ferimentos causados por acidentes de trânsito permanecem um problema de saúde pública, principalmente nos países de média e baixa renda.
Segundo a OMS, morrem no mundo cerca de 1,2 milhão de pessoas todos os anos por causa da violência do trânsito, enquanto 20 a 50 milhões ficam feridos.

No referido relatório, a OMS ainda informa que, se continuarem nesse ritmo, as fatalidades passarão do 9º lugar (2004) para o 5º lugar (2030) entre os maiores fatores de mortalidade no mundo, alcançando cerca de 2,4 milhões de mortos ao ano.

Esse quadro será devido, principalmente, ao crescimento dos acidentes em países em desenvolvimento, como a Índia, a China e o Brasil, e nos países pobres. É importante notar que, na faixa etária de 15 a 29 anos, os acidentes no trânsito já é a primeira causa de fatalidades no mundo, à frente da aids, tuberculose e da violência.
CAUSAS DE MORTALIDADE NO MUNDO - 2004 E ESTIMATIVA PARA 2030 – Fonte: OMS
Classificação
Principal Causa
%
1
Isquemia cardíaca
12,2
2
Doença cerebrovascular
9,7
3
Infecções respiratórias baixas
7,0
4
Doença pulmonar
obstrutiva crônica
5,1
5
Doenças Diarréicas
3,6
6
HIV/AIDS
3,5
7
Tuberculose
2,5
8
Câncer de pulmão,
brônquios, traquéia
2,3
9
Ferimentos por acidente de trânsito
2,2
10
Prematuridade e
baixo peso ao nascer
2,0
11
Infecções neonatais e outras
1,9
12
Diabetes Melito
1,9
13
Malária
1,7
14
Doença cardíaca hipertensiva
1,7
15
Asfixia neonatal
e trauma neonatal
1,5
16
Ferimentos auto-infligidos
1,4
17
Câncer de estômago
1,4
18
Cirrose hepática
1,3
19
Nefrite e nefrose
1,3
20
Câncer de cólon e reto
1,1

Classificação
Principal Causa
%
1
Isquemia cardíaca
12,2
2
Doença cerebrovascular
9,7
3
Doença pulmonar
obstrutiva crônica
7,0
4
Infecções respiratórias baixas
5,1
5
Ferimentos por acidente de trânsito
3,6
6
Câncer de pulmão,
brônquios, traquéia
3,5
7
Diabetes Melito
2,5
8
Doença cardíaca hipertensiva
2,3
9
Câncer de estômago
2,2
10
HIV/AIDS
2,0
11
Nefrite e nefrose
1,9
12
Ferimentos auto-infligidos
1,9
13
Câncer de fígado
1,7
14
Câncer de cólon e reto
1,7
15
Câncer de esôfago
1,5
16
Violência
1,4
17
Alzheimer e outras demências
1,4
18
Cirrose hepática
1,3
19
Câncer de mama
1,3
20
Tuberculose
1,1

Decisão da ONU (Organização das Nações Unidas)

Diante desse quadro, a ONU estabeleceu, durante sua Assembléia Geral em 2 de março de 2010, que 2011 a 2020 será a Década de Ações para a Segurança Viária, com a meta de estabilizar e reduzir acidentes de trânsito em todo o mundo.
Na resolução adotada, os 192 países membros da ONU solicitam à OMS (Organização Mundial da Saúde), em cooperação com outros parceiros, a elaboração de um plano diretor para guiar as ações nessa área durante os próximos dez anos. E, ainda, que cada um desses países estabeleça suas metas nacionais para a redução de acidentes até o final do período correspondente à Década.

Recomendações da ONU aos países, para a Década de Ações para a Segurança Viária
  1. Encorajar a implementação das recomendações do Relatório Mundial da OMS sobre Prevenção a Ferimentos no Trânsito.
  2. Reforçar a liderança governamental em assuntos de segurança viária, e, ao mesmo tempo, reforçar o trabalho de agências e mecanismos de coordenação de maneira nacional e regional.
  3. Estabelecer metas de redução de acidentes ambiciosas e factíveis, relacionadas a um plano de investimentos para a causa, e mobilizar recursos para a implementação das iniciativas necessárias para o alcance das metas.
  4. Desenvolver e implementar políticas e soluções de infraestrutura visando a proteger todos os usuários das vias, especialmente os mais vulneráveis.
  5. Dar início ao desenvolvimento de meios de transporte mais seguros e sustentáveis, e também encorajar o uso de formas alternativas de transporte.
  6. Praticar a harmonia entre as boas práticas de segurança viária e veicular.
  7. Reforçar a aplicação e a conscientização da legislação de trânsito existente, e, sempre que necessário, aprimorá-la, além de melhorar os sistemas de registro de motorista e veículo por meio dos padrões internacionais.
  8. Encorajar as organizações ao uso das melhores práticas do gerenciamento de frota.
  9. Encorajar ações de cooperação entre entidades da administração pública, organizações ligadas à ONU, setores públicos e privados, assim como a sociedade civil.
  10. Aprimorar a coleta de dados e a possibilidade de compará-los com informações de outros países, adotando a definição padronizada de que uma morte no trânsito pode se referir a uma pessoa morta imediatamente durante o acidente ou mesmo 30 dias depois, em consequência do acidente; também é preciso facilitar a cooperação internacional para desenvolver sistemas de dados harmônicos e confiáveis.
  11. Fortalecer os serviços hospitalares para atender ocorrências de trauma e necessidades de reabilitação, além da reintegração social, assim como o acesso aos serviços de saúde