"O que é que se encontra no início? O jardim ou o jardineiro? É o jardineiro. Havendo um jardineiro, mais cedo ou mais tarde um jardim aparecerá. Mas, havendo um jardim sem jardineiro, mais cedo ou mais tarde ele desaparecerá. O que é um jardineiro? Uma pessoa cujo pensamento está cheio de jardins. O que faz um jardim são os pensamentos do jardineiro. O que faz um povo são os pensamentos daqueles que o compõem." (Rubem Alves)

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

BRASIL MATA 40 MIL NO TRÂNSITO EM 2010 E BATE RECORDE DE 15 ANOS

No ano passado, os acidentes de trânsito em estradas, ruas e avenidas deixaram 40.610 mortos no Brasil. Trata-se do maior número registrado pelo Ministério da Saúde em ao menos 15 anos.

Pelas estatísticas recém-compiladas pelo governo federal, 111 pessoas morreram por dia em acidentes em 2010, 8% mais que no ano anterior. Em dois dias, é suficiente para superar a quantidade de vítimas da queda do Airbus da TAM em 2007, maior tragédia da aviação brasileira.

As internações hospitalares de vítimas do trânsito também subiram -15%-, beirando 146 mil no ano. A escalada de mortes havia sido interrompida em 2009, primeiro ano completo após a Lei Seca, quando houve queda inédita na década.

No ano seguinte, a quantidade superou patamares anteriores. "Há uma verdadeira epidemia de lesões e mortes no trânsito", diz Alexandre Padilha, ministro da Saúde.

A pasta atribui a elevação principalmente ao aumento -de 12%, em 2010- da frota de motos. Pelo segundo ano, as mortes de motociclistas superaram inclusive as de pedestres, sendo líder entre todos os tipos de vítimas cujos detalhes são conhecidos.

O ministério também diz que, ao longo dos anos, houve "melhoria estatística" -de casos que antes eram subnotificados. Porém, diz Padilha, só isso não justificaria as 3.016 mortes a mais de 2010 em relação ao ano anterior.

RESPONSABILIDADES

O balanço do ministério foi apresentado no Rio, no 18º Congresso Brasileiro de Transporte e Trânsito, realizado pela Associação Nacional de Transportes Públicos. Técnicos incluem, entre as explicações para a alta do número de vítimas, um provável relaxamento da Lei Seca.

O ministro reconhece que "há evidências de que é preciso intensificar" esse controle, porque a embriaguez é uma das principais causas de acidentes. Mas ele alega ser uma atribuição dos Estados. Especialistas também elencam ações sob responsabilidade do governo federal.

Em 2009, por exemplo, uma lei sancionada pelo presidente Lula regulamentou a profissão de mototaxista. A medida foi criticada por boa parte dos técnicos, pela avaliação de que estimularia a difusão desse transporte.

O governo também é criticado por incentivos à produção e venda de motos e pelo congelamento da arrecadação com multas de trânsito (que deveria ser investida em prevenção de acidentes).

Créditos: Portal Cidade Verde (http://www.cidadeverde.com)

O FUTURO DA MOBILIDADE URBANA: RUMO ÀS CIDADES MULTIMODAIS EM REDE NO ANO 2050


Com os atuais sistemas beirando o colapso, a mobilidade urbana é um dos desafios mais difíceis com que as cidades se defrontam. Em seu novo estudo, O Futuro da Mobilidade Urbana: Rumo às cidades multimodais em rede em 2050, a empresa de consultoria em inovação, Arthur D. Little (ADL), mostra as melhores práticas de todo o mundo identificando imperativos estratégicos para fazer frente a este desafio.

Usando 11 critérios, a ADL avaliou a maturidade da mobilidade e o desempenho de 66 cidades em todo o mundo utilizando uma pontuação de 0 a 100 para os indicadores. O resultado médio acabou ficando abaixo de 65, mostrando que hoje a maioria das cidades somente está alcançando dois terços de seus potenciais. Hong Kong e Amsterdã são as duas únicas cidades que obtiveram mais de 80 pontos, com Atlanta e Teerã na parte inferior do espectro com 46,2 e 47,7 pontos, respectivamente.

"Em 2050, setenta por cento da população mundial viverão em cidades, e a maioria dos sistemas de mobilidade urbana simplesmente não pode lidar com isto. Nossa pesquisa e análise evidenciaram que existe uma ampla gama de soluções e tecnologias disponíveis para resolver os atuais desafios da mobilidade, mas a maioria dos sistemas de mobilidade urbana se mostrou hostil à inovação, declara Wilhelm Lerner, Parceiro de Estratégia e Organização da Arthur D. Little.

Para enfrentar o desafio da mobilidade urbana, as cidades devem implementar uma das três estratégias, dependendo de sua localização e maturidade:

- Interligar o sistema em rede: Cidades com alto desempenho devem fornecer um ponto de acesso único para a cadeia de valor da viagem a fim de promover o transporte multimodal.

- Repensar o sistema: Cidades em países desenvolvidos com uma alta proporção de transporte individual motorizado necessitam replanejar fundamentalmente seus sistemas de mobilidade para se tornarem mais orientados ao público e à sustentabilidade.

- Estabelecer estrutura sustentável: Cidades de países emergentes devem estabelecer uma estrutura sustentável que possa satisfazer as demandas de curto prazo com um custo razoável sem a necessidade de grande remodelamento posterior.

Além disto, a ADL identificou três modelos de negócios sustentáveis em longo prazo para os fornecedores de mobilidade:

- O Google da mobilidade urbana: Construído sobre um ativo fundamental de uma interface amigável ao cliente, o modelo fornece um ponto único de acesso para a mobilidade multimodal e serviços complementares para os consumidores finais em larga escala para conduzir a captação.

- O Apple da mobilidade urbana: No centro deste modelo de negócios estão integrados serviços e soluções de mobilidade a consumidores finais ou cidades. Serviços integrados de mobilidade para consumidores finais fornecem uma experiência de percursos multimodais sem descontinuidade, como transporte público interligado com carros e compartilhamento de bicicletas. Os fornecedores interessados disponibilizam soluções multimodais integradas completas.

- A Dell da mobilidade urbana: Esta é uma oferta básica com compartilhamento de carros ou bicicletas, sem integração ou interligação em rede. Também pode incluir soluções tecnológicas inovadoras como transponders que tornam viáveis os modelos Google e Apple.

O relatório completo pode ser baixado emwww.adl.com/Urban_Mobility

Com informações do UOL Notícias e imagem da ADL Consultoria.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

LEI SECA: CONFRONTO DE IDEIAS

A combinação álcool e direção tem provocado muitos acidentes com mortes. Os crimes de trânsito devem passar a ser dolosos?

A partir desse questionamento o JORNAL O POVO publica hoje, 27/10/2011, as opiniões de dois Operadores do Direito: Mauricio Januzzi - presidente da Comissão de Trânsito da Ordem dos Advogados do Brasil/SP - e Leandro Vasques - advogado criminalista. Leiam e tirem suas as próprias conclusões acerca da polêmica Lei Seca. Ao final, opinem, como forma de ampliar a discussão.

Segue:

Respondendo SIM

A discussão em crimes de trânsito entre dolo eventual e culpa consciente são doutrinárias e jurisprudenciais, e não servem para resolver o problema dos crimes de trânsito na forma que a sociedade exige. O dolo eventual ocorre quando o indiciado assume conscientemente o risco de produzir o resultado e, segundo especialistas, assim o faz quando ingere bebida alcoólica e se posta na direção de um veículo automotor. Porém, a culpa consciente também se faz presente quando o indiciado assume o volante após ter ingerido bebida alcoólica mas o faz de uma forma a não obrar com o dever de cuidado objetivo, qual seja, por imprudência, em seu grau máximo.

Assim, verifica-se a dificuldade quase que intangível de se separar as duas coisas, mesmo porque a falta do dever de cuidado objetivo e assumir o risco de produzir o resultado são elementos volitivos presentes no mais das vezes apenas no inconsciente do indivíduo e não em suas ações externas que são as únicas aptas a identificar, quando ocorre dolo ou culpa. O que se quer estabelecer é uma ideia contraditória de que no dolo o agente assume o risco de produzir o resultado e anui, ou seja, é indiferente ao resultado e espera que o mesmo venha a ocorrer. Já no culpa consciente, ele até prevê o resultado, porém acredita que o mesmo não vai ocorrer.

Nesse sentido, nos parece fácil a diferença, porém, na prática, fica inviável a sua diferenciação só através dos elementos de provas colhidos na investigação e no processo. Por isso estamos propondo, através de projeto de lei de iniciativa popular, que o crime de trânsito, em especial o homicídio, seja punido com cinco a oito anos de reclusão e a suspensão do direito de dirigir o veículo, pena maior do que a prevista hoje. A discussão sobre dolo ou culpa só eternizará a discussão e em alguns casos abrirá as portas para a prescrição do crime, na medida em que a sua discussão levaria alguns anos até ser decidida definitivamente pelo Supremo Tribunal Federal.

Mauricio Januzzi - Presidente da Comissão de Trânsito da Ordem dos Advogados do Brasil/SP

Respondendo NÃO

Os crimes de trânsito, quando cometidos dolosamente, assim devem ser punidos; da mesma forma, quando culposamente; e, caso não haja nem dolo nem culpa, sequer devem ser punidos.

Tomemos como exemplo o condutor que, conduzindo seu veículo por artéria não-preferencial, vem a avançar cruzamento com a artéria principal, chocando-se com uma moto que nesta trafegava, vindo pela esquerda do motorista. Durante o processo, a perícia constatou que a sinalização horizontal de “pare” estava apagada, enquanto a vertical era inexistente. Neste caso, o motorista do veículo pautou-se pela regra da direita: a preferência em cruzamentos não sinalizados é sempre de quem trafega pelo lado direito. Não se pode dizer que o sujeito que avançou a preferencial tivesse agido com dolo (vontade livre e consciente de cometer delito); tampouco agiu com culpa, em qualquer de suas modalidades (imprudência, imperícia ou negligência). Portanto, no caso, deveria ser absolvido.

Por outro lado, caso realmente houvesse a sinalização de parada obrigatória, indicando ser a artéria confluente em que vinha a motocicleta a preferencial, o condutor do veículo deveria ser punido a título culposo, pois agiu com imprudência. Não poderia ser punido dolosamente, tanto porque não quis, consciente e voluntariamente, produzir aquele resultado (dolo direto), como também não o projetou como possível, assumindo o risco de produzi-lo (dolo eventual).

Por fim, projetemos uma situação em que o sujeito, conduzindo sob forte influência de álcool, participa de “raxa” e vem a atropelar um transeunte. Aqui, sim, deve incidir a punição a título de dolo, na modalidade do dolo eventual. O Direito não comporta raciocínio matemático. O agir do indivíduo deve ser analisado em cada caso concreto, sob pena de verdadeira aplicação automatizada da lei, afinal, esta foi feita para os homens, e não estes para aquela.

Leandro Vasques - advogado criminalista

Créditos das opiniões para o JORNAL O POVO. Fotografia Dennis Barbosa, do Portal G1, São Paulo.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

PORTUGAL: SMART PROPÕE MOBILIDADE URBANA ELÉTRICA... EM DUAS RODAS

Sobejamente conhecida no mercado automóvel pelas suas propostas de veículos urbanos, a SMART lança um novo modelo para a mobilidade urbana, agora em duas rodas

A smart acaba de anunciar a produção em série do modelo e-bike, um veículo de duas rodas, ao estilo de uma bicicleta, que pretende ser capaz de permitir uma mobilidade eléctrica urbana de nível superior. Com este passo, a smart, marca que pretende ser tida como pioneira na mobilidade eléctrica, consegue expandir ainda mais o seu portfólio de produtos.

Uma versão final da smart e-bike foi apresentada na feira "Eurobike", em Friedrichshafen, entre 31 de Agosto e 3 de Setembro de 2011, e no Salão Automóvel de Frankfurt (13-25 Setembro de 2011), onde foi possível conhecer um veículo que está a ser desenvolvido em cooperação com o fabricante de e-bikes Grace, sediado em Berlim. Relativamente à produção propriamente dita, a smart e-bike deverá começar a ser produzida no primeiro semestre de 2012.

Segundo a CEO da smart, Annette Winkler, "a smart e-bike é um verdadeiro smart, mas em duas rodas". "Não é apenas uma bicicleta extremamente bem desenhada que irá atrair certamente a atenção dentro das cidades, é também muito prática e fácil de conduzir. Qualquer pessoa pode circular com ela pela cidade, independentemente da sua forma física e do seu estado de espírito", disse.

Será importante referir a propósito deste novo veículo smart que a mobilidade eléctrica em duas rodas está na moda. De acordo com a associação da indústria de duas rodas (ZIV), as vendas na Alemanha aumentaram de 70.000, em 2007, para 200.000 unidades, em 2010, existindo previsões que apontam para crescimentos ímpares. Em 2018, a ZIV prevê que as e-bikes irão representar 15% de todas as vendas de motociclos na Alemanha. Na Europa, o aumento das vendas foi ainda maior. Em 2007, aproximadamente 200.000 pessoas optaram por uma bicicleta eléctrica e, de acordo com a ZIV, em 2009 este valor já atingiu os 500.000. Em 2010, cerca de 700.000 e-bikes foram comercializadas em toda a Europa, um aumento de 40%, comparando com o ano anterior.

A realidade da smart e-bike

Com um desenho não convencional, em linha com o estilo da marca, funções apropriadas para utilização citadina, padrões de alta tecnologia demonstrados pelo pacote de motorização extremamente eficiente e de desempenho elevado, entre outras características, a smart e-bike tem um posicionamento no mercado que a marca pretende poder qualificar de excepcional.
"Na smart temos recolhido durante anos experiência sobre motores eléctricos e sobre as necessidades de mobilidade dos utilizadores citadinos em todo o mundo. A smart e-bike é um produto lógico desta experiência, complementando extremamente bem o smart fortwo. Os nossos clientes querem uma bicicleta urbana perfeita, e foi por essa razão que adoptámos algumas soluções inteligentes, tais como a porta USB integrada para smartphones ou a recuperação de energia durante a travagem”, afirmou Annette Winkler ainda a propósito desta smart e-bike, um produto real, de alta tecnologia, que deverá chegar ao mercado com um preço a rondar os 3.000 euros.

Criada pelos designers da smart, a e-bike possui um desenho claro e uma aparência independente, afirmando-se capaz de romper com a linha convencional de bicicletas graças à integração atractiva dos componentes do motor eléctrico. Os componentes principais, tais como a estrutura, alojamento da bateria, guiador, luzes ou guarda-lamas, foram desenhados e desenvolvidos especificamente para a smart.

As comparações com os smart "tradicionais" não se ficam por aqui. Na verdade, o conceito de dois materiais e duas cores é também tipicamente smart. O alojamento plástico da bateria forma um contraste atractivo com a estrutura de alumínio da smart e-bike e a aparência dinâmica é rematada pelas rodas de 26 polegadas. O farol dianteiro e a luz traseira têm tecnologia LED.

Motor eléctrico eficiente e potente

Os padrões tecnológicos da smart são manifestados no pacote de motorização eficiente e de desempenho elevado. Como o pedelec (Pedal Electric Cycle), a smart e-bike é um veículo híbrido: o motor eléctrico situado no cubo da roda traseira sem manutenção e sem escovas da BionX, é activado assim que o condutor começa a pedalar como numa bicicleta normal. Uma caixa de três velocidades integrada no cubo proporciona a mudança de velocidades confortavelmente.

Os pontos fortes da e-bike incluem o seu desempenho ágil: o condutor da smart e-bike decide a potência que o motor eléctrico de 250 Wh deve debitar premindo um botão no guiador. Existe uma escolha de quatro níveis de potência. Dependendo do nível de potência seleccionado e do modo de pedalar, a carga da bateria pode durar mais de 100 quilómetros.
Com mais de 400 Wh, a bateria de iões de lítio é uma das baterias mais potentes no ambiente concorrencial, tendo sido integrada na smart e-bike, encontrando-se alojada na barra inferior do triângulo da estrutura, sob um alojamento de plástico. A bateria portátil pode ser carregada numa tomada normal ou durante a circulação, oferecendo neste último modo vantagens em termos de custos. O motor do cubo da roda transforma-se num gerador quando o condutor trava. A energia da travagem é recuperada, ou seja, é convertida em energia eléctrica e armazenada na bateria de iões de lítio da smart e-bike.

Os componentes de alta qualidade garantem uma circulação dinâmica, segura e divertida. Por exemplo, os travões de disco MT4, da Magura, estão instalados na dianteira e na traseira. Os travões integrados interrompem a alimentação de energia ao motor durante a travagem, param a sua potência de propulsão e invertem a polaridade, para que se transforme num gerador para recuperação da energia de travagem.

A smart e-bike tem também informação de entretenimento avançada: um interface USB é uma funcionalidade standard, permitindo ligar vários dispositivos móveis com a ajuda de um suporte versátil. Existem mesmo planos para desenvolver uma app especial para o seu iPhone, que permite aos condutores da smart e-bike utilizar o seu iPhone como um centro de informação, por exemplo para solicitar informação sobre o estado de carga e a autonomia.

Operação simples e altamente funcional

O conceito de operação simples, baixo peso, ergonomia excelente e espaço de arrumação prático contribui para tornar a smart e-bike num veículo divertido de conduzir. A smart e-bike combina o conforto de duas rodas motorizadas com o manuseamento fácil de uma bicicleta. Nos países da União Europeia não é necessária licença de condução nem matrícula, dado que o motor eléctrico de uma pedelec ajuda a propulsão apenas até uma velocidade de 25 km/h. Esta é também uma vantagem clara em termos de segurança.

A gestão da carga é simples: a bateria pode ser carregada directamente na e-bike ou pode ser removida facilmente para carregar numa tomada interior. Depois, e graças às diferentes versões do guiador e do banco, a smart e-bike pode ser ajustada para se adequar a condutores de diferentes alturas, uma solução simples e tipicamente smart.

Fonte: Site Luso Motores (http://www.lusomotores.com)

Considerações: notícia transcrita tal qual consta na fonte, o portal de informações automotivas supracitado. Atente-se que o idioma é o "português de Portugal", o que é absolutamente natural em se tratando de um site luso. O texto, não obstante esse detalhe, torna-se compreensível.

Quanto à viabilidade desse meio de transporte em Portugal, me abstenho de comentar. Fico, porém, é imaginando uma eventual importação dessa novidade para a realidade brasileira, onde, educação no - e para - o trânsito é coisa rara e onde, salvo raríssimas exceções, os condutores de ciclomotores não são fiscalizados e a ganância e a falta de compromisso social de algumas empresas (leia-se "pessoas por trás dessas empresas") são indutores de comportamentos disparatados como, por exemplo, anunciar promoções de "motos de cinquenta cilindradas" (tecnicamente, ciclomotores) para as quais, pela legislação viária nacional, não seria exigível licenciamento do veículo, habilitação do condutor e, pasmem, nem mesmo capacete de segurança!

A PROPAGANDA, por óbvio, É ENGANOSA! A única dúvida que tenho é a seguinte:

Conduzir os referidos veículos (popularizados como "cinquentinhas") nas circunstâncias que eles, empresários-anunciantes, propõem, é algo a que submeteriam seus filhos e/ou demais familiares? Penso que não...

terça-feira, 25 de outubro de 2011

PIAUÍ: MP E DETRAN DISCUTEM MUNICIPALIZAÇÃO DO TRÂNSITO


Na linha do que já vem ocorrendo em outros Estados da Federação, o Ministério Público do Piauí, o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-PI) e a Secretaria Estadual de Saúde Sesapi) realizam, nesta terça-feira (25), no Auditório do TCE, um seminário para prefeitos com o intuito de ampliar a discussão sobre a municipalização do trânsito do Estado. O evento, cujo início está marcado para as 8h, espera contar com as presenças de representantes do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), promotores, dentre outras autoridades.

As Estatísticas e os impactos dos acidentes sócio-econômicos, problema de saúde e segurança pública serão abordados no encontro, além da importância da municipalização para a redução dos acidentes. “Nossa intenção é sensibilizar os prefeitos para assumir a gestão do trânsito, pois é nas cidades do interior do Estado, onde a problemática dos acidentes é mais elevada”, comenta Gemma Barroso, diretora da Escola Piauiense de Trânsito (EPT).

Dos 224 municípios do Piauí, apenas oito possuem o trânsito municipalizado, são eles: Teresina, Parnaíba, Piripiri, Campo Maior, Picos, Floriano, Uruçuí e Corrente. Estes municípios são integrados ao Sistema Nacional de Trânsito, assumindo a responsabilidade de desempenhar tarefas de sinalização, fiscalização, aplicação de penalidades e educação. “Uma vez integrado, o município contribui para a redução do número de acidentes”, explica Gemma Barroso.

As palestras do seminário serão realizadas pelos órgãos parceiros, como a Polícia Rodoviária Federal (PRF), Companhia Independente de Trânsito (Ciptran), Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (Strans), Ministério Público e Secretaria Estadual de Saúde.

Com informações do Portal 180graus.com

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

CURITIBA: POLÍCIA MILITAR ASSUME OFICIALMENTE A FISCALIZAÇÃO DO TRÂNSITO


Enquanto a Secretaria Municipal de Trânsito não entrar em operação, a Polícia Militar do Paraná, por meio Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), vai gerenciar as infrações cometidas em Curitiba. A resolução que atribui ao BPTran esta responsabilidade foi assinada na quinta-feira (20) pelo prefeito Luciano Ducci (PSB) e pelo governador, Beto Richa (PSDB).

“Caberá à PMPR, por intermédio do Batalhão de Polícia de Trânsito de Curitiba ou outra unidade que venha a substituí-lo, sem prejuízo de suas atribuições precípuas, executar a fiscalização e autuar as infrações de trânsito de competência do Município, na forma autorizada pelo Art. 23, inciso III da Lei 9.503, de 23 de setembro de 1997, Código de Trânsito Brasileiro; encaminhando as notificações e autuações à Autoridade de Trânsito do Município de Curitiba, para cumprimento do disposto no art. 281 do mesmo diploma legal”, diz trecho da resolução.

Neste cenário, caberá aos agentes da Urbs orientar, informar e realizar ações educativas para o trânsito. Ducci anunciou a criação da Secretaria Municipal de Trânsito, após o Tribunal e Justiça (TJ) do Paraná decidir que a Urbanização de Curitiba (Urbs) não pode aplicar multas, porque é estruturada de forma mista, ou seja, possui capital privado e público. Na avaliação dos desembargadores, a atribuição punitiva cabe apenas a órgãos públicos. A prefeitura recorreu da decisão.

O projeto de lei que determina a criação da nova pasta ainda deve ser votado pelos vereadores na Câmara Municipal. A previsão é que a nova secretaria comece a operar em 2012.

Fonte: G1, disponível em: http://g1.globo.com/parana/noticia/2011/10/policia-militar-assume-oficialmente-fiscalizacao-do-transito-de-curitiba.html

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

FORTALEZA: OBRAS DE MOBILIDADE PARA A COPA ESTÃO ATRASADAS


O aumento no número de veículos em Fortaleza já provoca engarrafamentos e acidentes de trânsito, e faz com que a cada dia seja mais estressante deslocar-se por suas ruas, seja de carro ou de ônibus. Com uma frota de veículos que cresceu 159,42% nos últimos dez anos, não espanta que as vias de Fortaleza se tornaram estreitas para abrigar adequadamente tanta carga de tráfego.

Na visão de Max Swell Ribeiro, presidente do Instituto Brasileiro de Defesa da Cidadania (Ibradec), entidade que discute os problemas da cidade, "a mobilidade urbana é o mais importante e deve priorizar o transporte público eficiente e de qualidade, com preços realmente acessíveis, assim como incentivar e fomentar o uso do transporte que não seja só o de automóveis", defende.

Como alternativa ao carro, o governo municipal está investindo no Programa de Transporte Urbano de Fortaleza (Transfor), que propõe corredores específicos para ônibus e ciclovias na área urbana. Este programa vem somar-se às obras nas cinco avenidas que darão acesso ao estádio Castelão: Alberto Craveiro, Paulino Rocha, Dedé Brasil, Raul Barbosa e Almirante Henrique Saboya, conhecida como Via Expressa. Estas obras integram os projetos de mobilidade da cidade para a Copa de 2014, e aguardam liberação de recursos da Caixa Econômica Federal para serem iniciadas.

Já o Transfor prevê três corredores exclusivos para a circulação de ônibus: entre os bairros Antônio Bezerra e Papicu, e nas avenidas Augusto dos Anjos e José Bastos, e Senador Fernandes Távora e avenida dos Expedicionários. No total, são 45 km de corredores de transporte, 14 km de duplicações e alargamentos viários, 23 km de restaurações viárias, 30 km de ciclovias, além da ampliação dos terminais de integração de ônibus e construção de túneis, viadutos e passarelas.

VLT não começou

O governo do estado do Ceará é responsável pelo projeto do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) a ser implantado na Via Expressa, e que ligará o bairro do Mucuripe à estação da Parangaba. Originalmente, a conclusão do VLT estava prevista para junho de 2013, mas a data de início das obras está indefinido (deveria ter iniciado neste mês de outubro de 2011), em razão da resistência de moradores às desapropriações que serão necessárias para a obra.

Esta será a segunda linha de VLT em Fortaleza, pois já opera, experimentalmente, a linha Fotaleza-Caucaia, implantada pela Metrofor sobre um antigo ramal ferroviário.

Na mesma Via Expressa, a prefeitura prevê intervenções para eliminar cruzamentos existentes (nas vias Santos Dumont, Alberto Sá e Padre Antônio Tomaz), e em seu lugar construir túneis. Outras quatro avenidas ganharão melhorias na drenagem, na malha viária e na iluminação pública, e a construção de viadutos e túneis onde forem necessários, além de corredores exclusivos para ônibus.

Para o Ibradec, as obras de mobilidade urbana em Fortaleza devem cumprir um propósito social e econômico, com o objetivo de atrair turistas, principalmente depois da Copa de futebol. E, sobretudo, devem "contribuir para a manutenção, geração e formação de novas frentes de trabalho e renda para a população que as custeou com seus impostos", destaca o presidente da entidade.

Fonte: portal2014.org.br

RECORTES DO SEMINÁRIO EM QUIXERAMOBIM-CE - A IMPORTÂNCIA DA AUTONOMIA, COM A PROFESSORA IRENE RIOS

O vídeo abaixo exibe breve recorte de uma das apresentações da minha amiga Irene Rios, por ocasião do 1º SEMINÁRIO MOBILIDADE URBANA (...), realizado em Quixeramobim-CE (agosto de 2011), evento esse em que fui um dos palestrantes, quando abordei o tema FISCALIZAÇÃO DE TRÂNSITO COMO INSTRUMENTO DE CIDADANIA. Qualquer hora dessas posto aqui alguns recortes de minha apresentação e também da apresentação de outra participante, a palestrante (psicóloga e amiga) Renata Toscano.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

CIDADE DO INTERIOR DE MS DISTRIBUI CARTEIRAS PARA OS CICLISTAS


Em quatro dias, aproximadamente três mil documentos já foram entregues.
Departamento de Trânsito pretende registrar todas bicicletas de Caarapó.


O Conselho Municipal de Segurança de Caarapó, a 273 quilômetros de Campo Grande, começou na última sexta-feira (14), a distribuição da carteira de ciclista no município. O documento, não é de porte obrigatório para a condução do veículo, mas terá informações sobre o condutor e a bicicleta.

Segundo o diretor do Departamento Municipal de Trânsito (Demtrat), Luiz Dáuria, a carteira de ciclista faz parte de um trabalho que está sendo executado pela prefeitura em parceria com o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e a Polícia Militar (PM) para conscientizar a população da importância da educação no trânsito.

De acordo com o diretor do Demtrat, essa distribuição está sendo feita pelos estabelecimentos que vendem bicicletas. “É uma espécie de carteira de cidadania no trânsito”, disse. As pessoas devem preencher o documento com o nome, tipagem sanguínea, endereço, data de nascimento e o número de identificação da bicicleta. Até esta terça-feira (18) já foram distribuídos cerca de três mil carteiras.

Além da distribuição da carteira, Dáuria explica que o órgão está realizando um trabalho de conscientização com a população. “Estamos indo nas instituições de ensino, dando esta orientação sobre a educação no trânsito”, explicou.

Ainda segundo Dáuria, há um planejamento de registro das bicicletas da cidade. “Futuramente nós pretendemos registrar todas as bicicletas de Caarapó”, concluiu.

Fonte: G1 (COM ALTERAÇÕES NO TÍTULO)- disponível em: http://g1.globo.com/mato-grosso-do-sul/noticia/2011/10/cidade-do-interior-de-ms-distribui-carteira-de-ciclista-para-populacao.html
Créditos da fotografia para: André Nezzi/Caarapó News.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

CEARÁ: ANIMAIS NAS RODOVIAS ESTADUAIS


Reportagem do portal Revista Central flagra quatro jumentos no meio da via.

Animais soltos na rodovia do Algodão, entre os municípios de Quixadá e Quixeramobim, no Sertão Central cearense, oferecem sérios riscos aos condutores e passageiros. A gradativa substituição dos jumentos pelas motocicletas implica no abandono desses animais, sendo eles, atualmente, uma das principais causas de acidentes no citado trecho rodoviário.

O Departamento Estadual de Trânsito (Detran) garante que constantemente realiza apreensão de animais, mas que os proprietários insistem em abandoná-los nas rodovias. A maior parte dos animais abandonados, cerca de 95%, trata-se de jumentos. De acordo com a Polícia Rodoviária Estadual (PRE) a situação é mais grave no trecho compreendido entre Quixadá e Iguatu.

O fazendeiro Luiz Fernandes de Araújo, 65 anos, também reclama, afirma que com a falta de fiscalização, os animais invadem as propriedades, comem todo o pasto e ninguém aparece para pagar os prejuízos. Já o vendedor Raimundo Andrade de Balbino, 36 anos, afirma que sempre passa pelo trecho entre os dois municípios e que “principalmente à noite, o perigo aumenta, visto que eles entram na pista correndo”.

O Detran não possui dados específicos acerca dos acidentes causados por animais em estradas. A malha viária das rodovias estaduais é de cerca de 10 mil quilômetros. Já nos 1,8 mil quilômetros de estradas federais o recolhimento compete à PRF. A corporação detalha que, em 2009, já houve o recolhimento de 2.774 animais.

Fonte: REVISTA CENTRAL (http://www.revistacentral.com.br), com adaptações no texto.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

PARA REFLEXÃO NA 'SEMANA DA CRIANÇA' QUE ORA SE ENCERRA......

RIO E CURITIBA TÊM MELHOR MOBILIDADE URBANA SUSTENTÁVEL, DIZ ESTUDO


Rio de Janeiro e Curitiba são as capitais brasileiras com melhores indicadores de mobilidade urbana sustentável, segundo o “Estudo Mobilize 2011”, realizado pela equipe de jornalistas do Mobilize Brasil e do Portal 2014. Foram tomadas como base informações de órgãos governamentais, institutos de pesquisa, universidades e entidades independentes.

Ao Rio de Janeiro foi atribuída nota 7,9 , em uma escala de zero a dez, especialmente pelo expressivo uso de transporte coletivo na cidade (em torno de 65% das viagens) e em função do recente programa de implantação de ciclovias, que já soma 240 km. Especialmente pela acessibilidade em transportes coletivos, a capital paranaense ganhou nota 7, conquistando a segunda colocação.

As piores notas foram obtidas pelas cidades de São Paulo (2) e Cuiabá (2,4), pelo uso excessivo de automóveis e motocicletas na locomoção urbana nessas capitais. Brasília, terceira colocada no ranking, ficou com a nota 5,1. Belo Horizonte, Salvador, Porto Alegre e Natal ficaram com notas entre 3 e 4.

A proposta foi comparar o desempenho das capitais brasileiras. Por isso, a escala de pontuação tomou como parâmetro as próprias cidades, e não referências internacionais de sustentabilidade em mobilidade urbana, explica o economista e jornalista Thiago Guimarães, consultor editorial do Mobilize, que coordenou o estudo.

Fonte: http://www.mercadoeeventos.com.br

terça-feira, 11 de outubro de 2011

POLÍTICA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA SAÚDE


O Ministério da Saúde, através da Portaria nº 277, de 09/09/2011, publicada em 12/09/2011 estabelece o mecanismo de repasse financeiro do Fundo Nacional de Saúde aos Fundos Estaduais, Municipais e do Distrito Federal, para implantação e fortalecimento da Política Nacional de Promoção da Saúde.

A Portaria estabelece que os municípios que desejem apresentar ações de vigilância e prevenção de lesões e mortes no trânsito e promoção da paz no trânsito, desenvolvidas em conformidade com o Projeto de Redução da Morbimortalidade por Acidente de Trânsito (Portaria Nº 344/GM/MS, de 19 de fevereiro de 2002), deverão:

I – Estar integrados ao Sistema Nacional de Trânsito, na forma da Resolução CONTRAN nº 296/2008;

II – Ter população de 50.000 (cinquenta mil) ou mais habitantes (IBGE, Censo 2010).

Os projetos deverão seguir uma ou mais das seguintes diretrizes, preconizadas com base em evidências de efetividade:

Implantação de Observatórios de Trânsito;

Desenvolvimento de programas de capacitação de gestores e profissionais de saúde, educação e trânsito, bem como de representantes de movimentos e conselhos sociais que tenham por objetivo a prevenção de lesões e mortes no trânsito e a promoção da paz no trânsito, a critério do gestor responsável pelo programa de capacitação;

Articulação intersetorial e interlocução com o Poder Legislativo, e com áreas de infraestrutura, planejamento urbano, transporte e trânsito, segurança pública e outros setores de governo, setores privados e instâncias de controle social, na promoção de ambientes seguros, saudáveis e sustentáveis;

Articulação intersetorial para a implementação de planos de ação de segurança para pedestres, ciclistas, motociclistas e população em geral;

Intensificação das estratégias de educação e promoção que incentivem o uso de equipamentos de segurança e de respeito às normas de circulação e conduta no trânsito;

Fomento às campanhas de educação e marketing social; e

Articulação intersetorial e interlocução com os Poderes Judiciário e Legislativo, e com órgãos de segurança pública, de transporte e trânsito e outros setor
es e instâncias de controle social, na promoção de medidas de fiscalização e policiamento;

Essas diretrizes vão de encontro ao que estabeleceu a Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que instituiu a Década de Ações para a Segurança Rodoviária 2011 -2020.

A portaria e o manual para elaboração de projetos estão disponíveis em http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/area.cfm?id_area=1483.

O prazo para o envio das propostas, que será feita exclusivamente pelo endereço http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=7120 , até o dia 24 de outubro de 2011.

Fonte: DENATRAN

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

DA SÉRIE "EXCELENTE INICIATIVA": MUNICÍPIO DE APUCARANA-PR FAZ DIVULGAÇÃO DO CÓDIGO DE POSTURAS


É certo que, à luz do Ordenamento Jurídico Brasileiro, "Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece" (Art. 3o da LICC). A se considerar, todavia, a profusão de normas existentes e as inovações legais produzidas pelo legislador pátrio diariamente, não custa fazer a ampla divulgação - o que é diferente de mera publicação - de leis que têm reflexo direto, e imediato, no cotidiano dos moradores de uma cidade.

Nessa linha, louve-se a iniciativa da Prefeitura de Apucarana, no Paraná, consoante detalhado abaixo. Feita a divulgação, é a vez da fiscalização atuar e autuar eventuais infratores, para os quais a estratégia educativa não foi suficiente.

Segue a notícia:

Prefeitura de Apucarana elabora cartilha educativa para conscientizar população a respeitar mais o espaço público

Com uma linguagem direta e acessível a todos os públicos, já está sendo distribuído em pontos estratégicos da cidade e para profissionais das áreas alvo, um material educativo elaborado pela Prefeitura de Apucarana tendo como objetivo informar de forma didática, os principais artigos do Código de Posturas e da Lei de Edificações. “Elencamos as principais irregularidades cometidas pelas pessoas no dia a dia e procuramos orientar, de forma simples, de modo que elas assimilem um pouco sobre o que regem as legislações, criadas para promover a mobilidade e a harmonia no meio urbano”, destaca o prefeito João Carlos de Oliveira (PMDB).

O material de conscientização tem quatro páginas e apresenta um resumo dos artigos que estabelecem regras a serem cumpridas por comerciantes, prestadores de serviços, construtores e proprietários de imóveis. “Em geral dizem respeito a infrações que prejudicam a livre circulação das pessoas pelas calçadas e ruas”, diz professor Luiz Sérgio Hilário, secretário Municipal da Fazenda. Além da secretaria comandada por ele, a iniciativa da campanha tem participação do Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Planejamento de Apucarana (Idepplan), Secretaria de Infraestrutura Urbana e Serviços Públicos e Diretoria-Geral de Comunicação Social da Secretaria de Governo.

No tocante ao Código de Posturas, o alerta é para os artigos que resguardam as calçadas e espaços públicos. É proibido, por exemplo, o lançamento de qualquer tipo de lixo ou entulho em vias públicas, terrenos e edificações. Usar a calçada para expor ou armazenar produtos, incluindo material de construção e objetos para vender, também é vetado. Outras irregularidades muito comuns que são proibidas expressamente no código é preparar argamassa no asfalto e usar a calçada para conserto de carros.

“A utilização da calçada, praças e logradouros públicos depende da aprovação da prefeitura. A prática e o hábito de expor produtos, mesas e cadeiras, ou promover outros obstáculos nas calçadas são também objetos policiados pela Promotoria de Defesa do Meio Ambiente, Ministério Público, da Lei de Acessibilidade e Mobilidade Urbana, portanto, orientamos as pessoas a conhecerem melhor a legislação para evitar problemas com os transeuntes, prevenir acidentes e não ficarem em desacordo com a lei”, orienta professor Hilário.

Já no que diz respeito à Lei de Edificações, o material educativo da Prefeitura de Apucarana aborda temas relativos à acessibilidade urbana e obrigações que devem ser seguidas pelos proprietários de imóveis no município. “Especialmente os terrenos sem edificação localizados com frente para vias pavimentadas, devem ser vedados com muro de fecho com altura mínima de um metro”, exemplifica o secretário. Segundo ele, o infrator, em ambas as legislações, deve estar ciente de que uma vez autuado pela fiscalização, dependendo do dano causado ou irregularidade, vai estar sujeito a multas que variam de R$35 a R$3,5 mil.

Fonte: TN online. Visite através do endereço: http://www.tnonline.com.br

APRENDA A LIDAR COM O ESTRESSE NO TRÂNSITO


Depois de um dia intenso de trabalho não é fácil deparar com uma grande quantidade de veículos ''devagar quase parando'' nas ruas e todos com o mesmo objetivo: chegar o mais rápido possível ao destino. Esta é a dura realidade de quem precisa passar diariamente pelos pontos de estrangulamento, como a avenida Nossa Senhora da Paz, entrada da rodovia Washington Luís para avenida Alberto Andaló, rotatórias da avenida Ernani Pires Domingues nos acessos às avenidas Fortunato Ernesto Vetorazzo, Mirassolândia e Domingos Falavina, principalmente nos horários de pico, das 7h30 às 9h e das 17h30 às 19h.

Dados revelam que entre 2001 e 2009 o Brasil ganhou mais de 24 milhões de veículos, entre carros, caminhões e motocicletas. Os números do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) mostram que Rio Preto registrou em julho deste ano uma frota de 295.377 veículos, lembrando que a população da cidade é de pouco mais de 400 mil habitantes. A psicóloga Mara Lúcia Madureira ensina que, em congestionamentos, a primeira estratégia para manter a calma é aceitar a impotência para modificar a situação. A segunda é iniciar um diálogo interior, ou seja, explicar a você mesmo que nenhum tipo de desconforto ou sofrimento (como irritabilidade, estresse, raiva ou agressividade) poderá melhorar o caos ou diminuir o tempo de espera.

Convencido de que terá de esperar, procure normalizar a respiração e encontre algo agradável para fazer: ouvir música, mandar torpedos, ler algo, observar as pessoas. Repita, sempre que perceber mudanças no seu humor: ''Não adianta ficar estressado. Os compromissos já eram, os planos terão de ser alterado e, por ora, o melhor é relaxar até que a situação se resolva.'' Outra dica é tentar ser o observador da sua própria ansiedade. Imagine a ansiedade sobre uma prancha no mar. ''Contemple-a em suas oscilações como um surfista que sobe e desce conforme as ondas. Simultaneamente, uma parte do cérebro controla a imagem com seus picos e vales de ansiedade e a outra parte regula a respiração, sempre inspirando lenta e profundamente, inflando o abdômen ao inspirar e soltando o ar lentamente também pelo nariz'', explica Mara.

Ela garante ser perfeitamente possível não se irritar em um congestionamento. ''É preciso desaprender os padrões de comportamento de inconformidade quando as coisas estão fora do nosso controle. O que não depende da nossa vontade para mudar nos obriga a modificar nossa vontade. Se estiver no congestionamento lembre-se de que terá muito tempo de espera. Essa espera pode ser desesperadora, normal ou até mesmo agradável, dependendo de como você decide pensar e agir naquela situação'', diz.

A paciência gera gentileza

A psicóloga Carolina Fernandes Todesco ensina que, com muita paciência, a experiência no congestionamento pode ser um bom momento para praticar a gentileza. Bons hábitos e comportamentos sempre serão ótimas opções para gerar boas respostas. ''É claro que todos os condutores precisam de mais conscientização, mas com certeza, se cada um fizer um pouco o trânsito pode se tornar mais calmo e, na medida do possível, mais seguro.'' Dentre os fatores responsáveis por acidentes de trânsito, o fator humano é o principal causador de acidentes, o que é justificado pela agressividade e intolerância presentes na maioria dos condutores.

É importante que os indivíduos tenham maior consciência de si próprios, isto é, da bagagem que estão carregando consigo, como frustrações, problemas, cansaço, entre outros. É preciso ter essa concepção para que todos os motoristas consigam lidar melhor com o trânsito a ser enfrentado, não permitindo que fatores externos pesem negativamente nesta bagagem. A dica é procurar manter sempre o autocontrole e cultivar a paciência.

Fonte: http://www.perkons.com.br/

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

MULTAS DE TRÂNSITO: ÓRGÃOS E ENTIDADES TERÃO QUE PRESTAR CONTAS

Projeto aprovado na Câmara dos Deputados obriga a União, Estados e municípios a divulgarem os valores obtidos com multas de trânsito a cada três meses. Além disso, eles também terão de detalhar o destino dado aos recursos.

Autor do texto, o deputado Marcos Montes (DEM-MG) alega que a obrigatoriedade de divulgar os valores obtidos com as infrações de trânsito deve inibir a chamada “indústria” da multa, já que será possível acompanhar a evolução no caixa de cada um dos órgãos envolvidos.

Segundo o parlamentar, a fiscalização é necessária porque é comum o uso dos recursos arrecadados com multas em outras áreas ou até para garantir o superávit nas contas públicas.

Para o deputado, a divulgação também vai garantir o repasse de 5% do dinheiro arrecadado com motoristas infratores para o Fundo Nacional de Trânsito, criado para fomentar campanhas de educação e segurança no trânsito em todo o país.

Aprovado em caráter conclusivo, o texto segue direto para o Senado. Se aprovado, segue para sanção ou veto da presidente Dilma Rousseff (PT).

Fonte/Créditos: BAND.COM.BR / Davi Franzon, do Metro SP

terça-feira, 4 de outubro de 2011

ESPECIALISTA É CONTRA ESTACIONAR NA RUA


Uma das maiores autoridades em mobilidade urbana do País, o urbanista Nazareno Affonso defende o fim das vagas de estacionamento nas vias públicas como uma das formas de diminuir o caos no trânsito do Grande ABC. O coordenador do Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte e ex-secretário municipal de Transportes de Santo André (gestão Celso Daniel) sugere ainda que o poder público regule as vagas de estacionamento privado nos bairros.

"Atualmente, muitas vias importantes nas cidades perdem uma ou até duas faixas de rolamento por conta dos carros estacionados. A medida imediata a ser tomada é proibir isso", aponta. Por outro lado, o especialista enxerga que o espaço recuperado com a remoção dos veículos parados não deve ser devolvido aos carros de passeio. "É preciso acabar com a lógica de que o transporte particular deve se sobrepor ao coletivo. Por isso, esses espaços devem ser usados para a criação de corredores de ônibus, ciclovias, ou simplesmente para o aumento da calçada."

Para que a modificação não seja de forma radical, o urbanista sugere que as proibições tenham início nas avenidas que fazem parte do itinerário das linhas de ônibus. "A partir daí, deve haver a regulamentação das vagas privadas. Ou seja, a Prefeitura deveria limitar o número de estacionamentos em cada região e tabelar os preços", acrescenta. Na opinião do especialista, essa medida ajudaria a desestimular o uso do automóvel.

Nazareno defende mudança na lógica de investimentos relacionados à mobilidade urbana. "Se não houver investimento maciço em transporte público, não conseguiremos mais andar, seja de carro ou de ônibus." Para reforçar a iminência da piora no trânsito, o ex-secretário remete a dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores. "De 1957 a 2007, o Brasil atingiu a marca de 50 milhões de veículos fabricados. No entanto, a expectativa é de que os próximos 50 milhões sejam montados até 2022, portanto, daqui a 11 anos."

No Grande ABC, a estimativa do Departamento Nacional de Trânsito é de que 2012 comece com a frota total chegando a 1,4 milhão de veículos, incluindo caminhões, ônibus, utilitários e motocicletas.

Apesar do caos vivido atualmente nas ruas da região, Nazareno avalia que o Grande ABC tem condições de reverter a situação e melhorar a mobilidade urbana. O especialista se refere aos investimentos anunciados para o transporte pelas prefeituras e pelo Estado. Em junho, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou que investirá R$ 5,4 bilhões em obras viárias nas sete cidades. "Já é um início bom. Só temos que ver se tudo isso sairá do papel e quando ficará pronto", finaliza.

Fonte: DIÁRIO DO GRANDE ABC

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

ACIDENTE DE TRÂNSITO: O QUE (NÃO) FAZER

Uma situação absolutamente indesejável, mas que infelizmente qualquer pessoa está sujeita ao sair de casa é o envolvimento num acidente de trânsito qualquer. Pode ser tanto uma leve colisão quanto um acidente de grandes proporções, o mais importante é, com o máximo de racionalidade e tranquilidade possíveis, para não incidir em infrações, ou até crimes, conforme o Código de Trânsito. Não discorreremos sobre a prestação de socorro à vítima por entendermos que mereça uma abordagem específica.

Primeira hipótese é do acidente sem vítimas, apenas com danos materiais. Nesse caso o Art. 178 do CTB estabelece que para assegurar a fluidez e segurança do trânsito o veículo deve ser removido, sob pena de não o fazendo incidir numa infração de natureza média . No caso do trânsito urbano (no Estado do Paraná) basta as partes interessadas comparecerem no Batalhão de Trânsito para, cada uma conforme sua versão, declararem sua versão do fato e requererem o Boletim de Ocorrência. No caso do trânsito rodoviário as polícias (estadual e federal) comparecem quando solicitadas, e há até grande burocracia para confecção do B.O. quando o comparecimento das partes é posterior. Percebe-se, portanto, diferença de procedimentos. Já tivemos notícia, inclusive, de indisposições entre serviços de remoção (guincho) e policiais em face da remoção antes do comparecimento da polícia, o que não se justifica, pois a obrigação do motorista é justamente removê-lo.

Segunda hipótese é do acidente com vítima(s), sem especificar-se o gravidade sofrida. Nesse caso o dever, conforme o Art. 176 do CTB, é preservar o local e somente remover o veículo se o agente policial assim o determinar, sob pena de incidir numa infração de natureza gravíssima multiplicada por cinco e suspensão do direito de dirigir. A hipótese independe de ser trânsito urbano ou rodoviário.

As penalidades acima são aplicadas administrativamente, pela autoridade de trânsito. Criminalmente há consequências também. Quando há vítima há previsão do crime (Art. 312 do CTB) de inovar-se o local do acidente antes do procedimento policial, passível de detenção de seis meses a um ano ou multa (competência do Juizado Especial Criminal). Há, também, o crime (Art. 305 do CTB) de afastar-se do local do acidente para fugir a responsabilidade civil ou penal, e que nesse caso independeria de haver ou não vítima(s). Esse crime cria uma situação tão delicada que o fato de, numa colisão sem vítimas, mandar-se o outro buscar seus direitos e ir embora (pelo acaloramento da situação) poderia caracterizar sua ocorrência. E o que fazer quando sabemos que em algumas cidades existem quadrilhas especializadas em gerar acidentes (pequenas colisões) apenas para assaltar (principalmente mulheres), e a única coisa que não se recomendaria seria parar para ver o que aconteceu?

Créditos para Marcelo Araújo

sábado, 1 de outubro de 2011

MINISTRO FALANDO ACERCA DA MOBILIDADE URBANA: "HÁ CIDADES QUE PREOCUPAM"


O Ministro dos Esportes, Orlando Silva, admitiu que há cidades em que os projetos de mobilidade urbana preocupam pela etapa de andamento na qual se encontram. Segundo ele, o legado deixado para a cidade é o mais urgente para a Copa do Mundo de 2014, no Brasil.
Em entrevista ao canal de TV por assinatura Sportv, Silva afirmou que os atrasos nos estádios não são grandes problemas e que até a Copa das Confederações dez deles devem estar prontos. Contudo, o que ficará depois do evento ainda é uma preocupação.
"Mobilidade urbana, com a melhora no transporte coletivo é a necessidade que vejo como legado.
Ver como a cidade ficou depois que a Copa passar. Sim, há cidades que estão preocupando. Estádio é um problema equacionado, aeroporto está sendo trabalhado. O legado é que nos causa preocupação", afirmou, se esquivando quando perguntado sobre quais cidades não estão cumprindo o cronograma.
O ministro destacou também que os problemas nos aeroportos do país não são apenas para a Copa do Mundo.
"Aeroporto é um problema para atender a demanda de hoje no país. A Copa é um catalisador que antecipa investimentos que mais cedo ou mais tarde o país vai ter que fazer. Começar uma obra no Brasil já é um êxito", explicou.

Fonte: Terra Esportes