"O que é que se encontra no início? O jardim ou o jardineiro? É o jardineiro. Havendo um jardineiro, mais cedo ou mais tarde um jardim aparecerá. Mas, havendo um jardim sem jardineiro, mais cedo ou mais tarde ele desaparecerá. O que é um jardineiro? Uma pessoa cujo pensamento está cheio de jardins. O que faz um jardim são os pensamentos do jardineiro. O que faz um povo são os pensamentos daqueles que o compõem." (Rubem Alves)

terça-feira, 26 de julho de 2011

PM DO PARÁ USA BÚFALOS PARA POLICIAMENTO NA ILHA DO MARAJÓ

A Polícia Militar do Pará está usando 12 búfalos para fazer o policiamento ostensivo em Soure, na Ilha do Marajó. Segundo o tenente-coronel Zildomar Sarubby do Nascimento, comandante do 8º Batalhão da PM na cidade, os búfalos são preferidos pelos policiais aos cavalos, por possuírem maior poder de tração para se locomoverem nas regiões pantaneiras da região.
“O búfalo é um animal que se adapta melhor no pântano, tem maior tração, consegue sair mais rápido das áreas alagadas. No Marajó, 60% das áreas são de mangue e, com o cavalo, a locomoção é difícil”, afirmou o comandante ao G1.

A PM possui em Soure uma Bufalaria, onde os animais são cuidados e passam por treinamento para atuar no policiamento. “Em áreas urbanas, o búfalo é usado de forma mais ostensiva, para transporte do policial. Ele é um animal mais forte, tem maior força para levar equipamentos mais pesados. Além disso, na região alagada, ele anda na mesma velocidade que nas ruas”, acrescenta o coronel.

O emprego do búfalo para o policiamento na cidade ocorreu de forma natural, pois a própria população usa o animal nas lidas diárias. “O povo usa os búfalos para tudo, levar pertences, puxar carroça, dentre outras coisas”, diz o oficial.

O animal começou a ser empregado com policiais em 1992, quando a PM tinha apenas quatro búfalos na Ilha do Marajó. Segundo o comandante, até hoje não houve acidentes.


“Temos policiais cuidando deles na Bufalaria e também contamos com uma parceria com o sindicato rural da cidade, que atua com veterinários e outros profissionais para nos ajudar no trato com os animais”, afirma Nascimento.

O comandante diz que a criminalidade na cidade é pequena. “Graças a Deus não temos crimes. A taxa de homicídios é praticamente zero. O que há são brigas de bar e desentendimentos de pescadores”, afirma ele.

Créditos: Tahiane Stochero Do G1, em São Paulo