"O que é que se encontra no início? O jardim ou o jardineiro? É o jardineiro. Havendo um jardineiro, mais cedo ou mais tarde um jardim aparecerá. Mas, havendo um jardim sem jardineiro, mais cedo ou mais tarde ele desaparecerá. O que é um jardineiro? Uma pessoa cujo pensamento está cheio de jardins. O que faz um jardim são os pensamentos do jardineiro. O que faz um povo são os pensamentos daqueles que o compõem." (Rubem Alves)

quarta-feira, 4 de maio de 2011

RISCO DE AQUAPLANAGEM E ACIDENTES NA BR 116



A reportagem abaixo, encartada ao Jornal DIÁRIO DO NORDESTE, edição de hoje (04.05.2011), enfoca a situação da BR 116, mais especificamente o trecho que corresponde à entrada (ou saída, a depender do destino que se busque alcançar) da capital Fortaleza. No que se refere ao fenômeno da aquaplanagem, trata-se de algo que não ocorre rotineiramente, até porque no Estado do Ceará a estação invernosa não costuma se prolongar demasiadamente. Em tempos de chuva, todavia, não só a BR 116, mas todas as vias dotadas de asfaltamento tornam-se potencialmente perigosas e, nesse sentido, passíveis de surpreender com ciladas desse tipo os condutores mais desatentos e/ou menos experientes.

A propósito do mencionado fenômeno, a revista QUATRO RODAS faz uma interessante e didática abordagem, explicando que "É um momento em que a água empoçada na pista se interpõe entre o asfalto e o pneu, fazendo o carro perder o contato com o piso. Um vacilo que pode resultar em acidente grave. A aquaplanagem tem relação direta com a velocidade do carro, mas também depende do comportamento dos pneus. No Brasil, onde qualquer chuva transforma certas rodovias em plantação de arroz, o risco de um carro aquaplanar é grande. Às vezes, basta um fio de água cortando a pista para fazer o estrago. Pela lei de Murphy, essas armadilhas estão sempre escondidas depois de curvas, justamente quando o motorista precisa de mais tração".

No que diz sobre os riscos de acidentes, porém, opino que é algo a ser permanentemente considerado quando se investiga as condições da evidenciada rodovia federal. Nos últimos meses têm sido incontáveis os casos em que pessoas foram vitimadas ao longo da BR 116, mais especificamente na parte que compreende do chamado "Triângulo do Chorozinho" até Fortaleza. O trecho ainda por duplicar, extremamente esburacado, obriga o condutor a participar involuntariamente, de uma verdadeira roleta russa no trânsito. Foi, exatamente nesse percurso, que Quixeramobim e o Programa RONDA da PMCE perderam o cidadão exemplar e excelente profissional de polícia - Cabo PM Firmino - vítima fatal de acidente registrado em decorrência do descaso com que vem sendo tratada a manutenção e as outras atividades preventivas a cargo das autoridades responsáveis pela segurança naquela BR.

Segue o texto:

"O alerta vem da Polícia Rodoviária Federal (PRF). A BR-116 em Fortaleza está oferecendo risco de aquaplanagem aos motoristas. O perigo se concentra, principalmente, entre os quilômentros 0 e 12. Há o risco de acidente.

A aquaplanagem acontece em razão do acúmulo de água sobre o asfalto. O veículo, ao trafegar com maior velocidade, pode ficar com uma lâmina de água abaixo dos pneus. "É como se ele estivesse dirigindo no gelo. Patina o veículo e perde o controle", adverte o chefe do Núcleo de Comunicação da PRF no Ceará, inspetor Darlan Antares.

E o problema tende a ser mais grave porque o acúmulo de água é, justamente, na pista rápida da BR - a faixa da esquerda. É nesta faixa que os motoristas desenvolvem maior velocidade. A água acumulada vem do canteiro central.

Dica

A dica dos policiais rodoviários é que o motorista pode trafegar normalmente na pista rápida, mas com bastante atenção à velocidade. Jamais o motorista deve ultrapassar 60 quilômetros por hora. "Você perde a aderência dos pneus se passar dessa velocidade", adverte Darlan.

Ligue os faróis

Outra dica da PRF para dias chuvosos, como esta quarta-feira (4), é trafegar com os faróis acesos - mesmo fora do período noturno. Não se trata de uma obrigação, mas de uma dica para prevenir acidentes. Fortaleza amanheceu às escuras, por conta do tempo nublado.

Acendendo faróis o motorista aumenta o seu campo de visão e, também, permite que motoristas que trafeguem no sentido oposto possam lhe ver mais mais precisão. Além disso, reduz os chamados "pontos cegos" do veículos - os pontos do veículo que, em uma chuva, acabam não sendo vistos por motoristas que estão logo atrás".