"O que é que se encontra no início? O jardim ou o jardineiro? É o jardineiro. Havendo um jardineiro, mais cedo ou mais tarde um jardim aparecerá. Mas, havendo um jardim sem jardineiro, mais cedo ou mais tarde ele desaparecerá. O que é um jardineiro? Uma pessoa cujo pensamento está cheio de jardins. O que faz um jardim são os pensamentos do jardineiro. O que faz um povo são os pensamentos daqueles que o compõem." (Rubem Alves)

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

ESTATÍSTICAS



No trânsito, a demora em compilar dados e a forma como são notificados, até mesmo pelos órgãos e entidades do SNT, comprometem o resultado final das estatísticas. Por exemplo, o número oficial de mortos no Brasil, vítimas de acidentes de trânsito, não passa dos 35.000 por ano. Sabe-se, porém que são contados apenas aqueles que morrem no local do acidente, pois não há um acompanhamento. Mesmo que a vítima morra na ambulância a caminho do hospital, ela não será contabilizada. Acredita-se que esse número passe dos 50.000 mortos por ano.
Abaixo link para uma coletânea de Estatísticas de Trânsito do Brasil, com informações de órgãos oficiais como DENATRAN, IPEA, OEI entre outros:

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

TRÂNSITO NO BRASIL (PINÇADO DO BLOG DA MINHA AMIGA IRENE RIOS)


http://educacaoparaotransitocomqualidade.blogspot.com/

Desafios a efetivação do direito de ir e vir e permanecer vivo.

Luís Carlos Paulino proporciona, nesta obra, uma viagem a diversos aspectos do trânsito brasileiro. Ao fazer a leitura tive a oportunidade de transitar pelo passado e pelo presente dos meios de transportes, das rodovias, da legislação e da educação para o trânsito. Com uma linguagem ricamente fundamentada por especialistas, o autor nos convida a todo momento a fazer reflexões sobre as causas, as consequências e as soluções para a violência viária. O livro vem acompanhado do Código de Trânsito Brasileiro. Vale a pena conferir!


Desde já, meus agradecimentos à ilustre escritora Irene Rios, autora de excelentes trabalhos (livros, manuais e agendas temáticas), sempre enfocando o tema trânsito.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

2010: MULTAS SUPERAM R$ 155 MIL POR DIA NO CEARÁ


Considerando todos os órgãos fiscalizadores, foram mais de R$ 56 milhões arrecadados no ano passado
Os motoristas cearenses pagaram um valor superior a R$ 155 mil diariamente em multas de trânsito aos principais órgãos fiscalizadores do Estado, no ano passado. O montante arrecadado pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran-CE), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e de Cidadania (AMC) ultrapassou a cifra de R$ 56,6 milhões, número 1,3% inferior ao de 2009, quando o lucro com as infrações superaram os 57,4 milhões.

Uma média aproximada de R$ 50 mil é paga diariamente ao Detran-CE por condutores de veículos que cometem infração no Ceará. De acordo com a assessoria de imprensa do órgão, anualmente, os recursos advindos dessa fonte respondem por 18% do seu orçamento, que foi, em 2010, de R$ 100 milhões. Ou seja, as multas geraram uma receita de R$ 18 milhões no ano passado, valor que é bem superior se comparado ao arrecadado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), mas inferior ao montante acumulado pela Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e de Cidadania (AMC), de Fortaleza.

Conforme a assessoria do Departamento, não existe um aumento significativo no montante anual contabilizado pelo órgão com infrações. O número delas, lavradas no período de janeiro a dezembro de 2010, foi de 48.243, quantidade bem inferior à registrada em 2009, quando foram lavradas 71.564, mas no mesmo patamar daquela de 2008, que foi de 47.392. Por mês, houve uma média de 4.020 registros, o que não quer dizer, na prática, que todas as autuações finalizaram em pagamento de multas. Muitas vezes, os condutores entram com recursos judiciais ou, simplesmente, tornam-se inadimplentes.

Fiscalizações

No ano passado, o Detran-CE realizou 6.050 blitze, abordando 472.696 automóveis. Destes, foram identificados 38.854 veículos irregulares. O maior número de infrações referia-se ao não uso de capacete, somando 7.847 autuações. Também numerosos foram os casos de veículos não licenciados (5.955) e ocorrências da Lei Seca (4.950). Em relação a esta última, há grande disparidade nos números dos dois anos anteriores. Em 2008, foram 1.396, passando para 11.244 em 2009. Segundo a assessoria de imprensa do Detran, os recursos arrecadados são investidos em fiscalização, engenharia e educação de trânsito.

Polícia Rodoviária Federal
A Polícia Rodoviária Federal (PRF), que realiza a fiscalização das rodovias federais do Estado, registrou um número ainda mais elevado de autuações em 2010. Foram 68.095 notificações, 19.852 a mais que o Detran no mesmo período. De acordo com técnicos do órgão, se todas estas infrações registradas fossem pagas, a receita arrecadada seria de R$ 13,53 milhões, o que daria uma média diária de R$ 37 mil. A PRF reforça, entretanto, que, além das multas que não são pagas porque o condutor recorreu e o pedido foi deferido, também há perda da receita por erro de endereço ou de notificação.

De acordo com o órgão, a média por infração é de R$ 198,74, mas que estas variam de R$ 53,20 com ocorrências leves, a R$ 574, com gravíssimas, com a multa multiplicada por cinco. A maior parte das notificações aplicadas no ano passado foram de infrações graves, com 26.744 registros. Neste caso, a multa é de R$ 127,69, o que daria um montante de R$ 3,41 milhões, caso todas fossem pagas. A mais recorrente foi a não utilização de cinto de segurança pelo condutor, com 11.936 registros, seguida por transitar em velocidade superior à máxima permitida em até 20%, com 7.626 casos. A violação por ultrapassar pela contramão linha de divisão de fluxos opostos, contínua amarela, gerou 5.652 autuações.

Segundo a PRF, 95% dos recursos das multas é investido em fiscalização, policiamento e infraestrutura de trânsito, e 5% é revertido para o Fundo Nacional de Segurança e Educação de Trânsito (Funset).

Receita
18% do orçamento anual do Departamento Estadual de Trânsito, o Detran, são advindos dos recursos provenientes das autuações, como veículos não-licenciados e o não uso de capacete

SÉRGIO DE SOUZAREPÓRTER


Fonte: DIÁRIO DO NORDESTE - 17/01/2011.

sábado, 15 de janeiro de 2011

DE QUEM É A RUA?

ALVO?

Passa carro, passa carro, passa carro, passa carro, passa carro, passa carro, passa carro, passa carro. Abre pro pedestre, corre, 2, 1, 0. Passa carro, passa carro…
Saiu hoje na Folha que o pedestre tem em média 15 segundos para atravessar uma avenida. Está muito claro que as ruas são dos carros. Pedestres podem usá-las comedidamente, mas apenas se prometerem não atrapalhar.
15 segundos para atravessar significa que, ainda que você esteja muito atento e coloque o pé na rua no mesmo segundo em que o sinal abrir, terá que andar a 1,2 m/s para chegar do outro lado antes que o sinal abra – 50% mais rápido que a dita “velocidade de caminhada” (que é 0,8 m/s). Ou seja, há que correr. O pessoal da Companhia de Engenharia de Tráfego diz que é “mais que suficiente”. Verdade. Dá tempo. Desde que o sujeito esteja atento. Desde que ele se mova rápido. Desde que o motorista respeite o sinal. O que nem sempre acontece.
Em 2009, o trânsito de São Paulo matou 1.382 pessoas. Só 222 eram motoristas. 671 eram pedestres. A maioria deles morreu em cima da faixa de pedestres. 30% das vítimas eram idosos, cuja velocidade é menor. Morre mais gente no trânsito do que por homicídio na cidade. Homicídios tendem a se concentrar na população de jovens adultos homens. Já as mortes no trânsito costumam privilegiar os mais fracos: idosos e crianças entre eles.
A gente está cansado de ouvir essas estatísticas. Cansado de ouvir comparações estapafúrdias. Que o trânsito de São Paulo mata mais em 4 meses do que toda a Guerra do Golfo matou nas forças ocidentais. Que mata mais do que o conflito da Palestina. Mata mais do que malária e dengue somados matam no Brasil inteiro.
Levando-se tudo isso em conta, não é curioso que a gente continue achando que o problema do trânsito é apenas sua lentidão? Os jornais diários e as revistas (incluindo a Vejinha) sempre fazem matérias sobre os buracos no asfalto, mas raramente comentam os buracos nas calçadas. Os projetos da prefeitura visam a aumentar o fluxo de carros. Só.
A prefeitura de São Paulo acabou de anunciar que, a partir de 2012, vai acabar com as vagas de estacionamento no meio fio. Motoristas vão ter que parar em estacionamentos fechados. Para quê? Para aumentar o fluxo de carros.
Ok, é óbvio que os carros precisam andar. Mas será que o foco não deveria ser diminuir a quantidade de carros? E se o prefeitura pegasse um quinto do espaço liberado no meio fio e criasse ciclovias? Isso faria as ruas infinitamente mais seguras para ciclistas. Certamente haveria uma explosão das bicicletas na cidade e o número de carros diminuiria (hoje, com o caos atual, já há mais gente se deslocando de bicicleta do que de táxi).
Tenho ouvido sugestões ainda mais criativas. Por exemplo: e se a prefeitura desse descontos no preço do aluguel de quem morar perto do trabalho? Assistencialismo!, já ouço berrarem. Na verdade não: é um jeito de economizar dinheiro público. Investir em diminuir os deslocamentos na cidade sai mais barato do que construir metrô.
E, ainda que não saísse… Por que é que o trânsito, que mata mais brasileiros do que a aids, a diarreia ou o câncer de pulmão, não vira prioridade para a saúde pública? Como é que o carro, que mata mais que o revólver, não tem seu uso controlado?

Foto: yuri__lima (Flickr / CC)

Por Denis Russo Burgierman

Fonte: PORTAL DA REVISTA VEJA

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

COMO AGIR DIANTE DE ACIDENTES DE TRÂNSITO

Trânsito engarrafado, gente apressada e o resultado é que acidentes acabam acontecendo. Saber como agir se presenciar um acidente ou se estiver envolvido em um é muito importante e pode ser a diferença entre a vida e a morte.

A primeira coisa a fazer ao presenciar ou se envolver em um acidente é não entrar em pânico. Mantenha a calma e entre em contato com os órgãos competentes. E, logo, sinalize o local do acidente. Deixar o pisca alerta ligado, se possível, também é importante.

Se tiver vítimas envolvidas, os cuidados devem ser ainda maiores. O POVO separou algumas dicas do que fazer em cada caso de acidente.

O QUE FAZER

A primeira coisa ao presenciar ou se envolver em um acidente é ligar para as autoridades competentes. Entre em contato com o 190 (Polícia Militar) e 193 (Corpo de Bombeiros). A ligação é gratuita e pode ser feita a partir de qualquer telefone; Informe o local do acidente, os veículos envolvidos, quantidade e gravidade das vítimas;

Cuide da sua segurança e do local. Se você não estiver envolvido no acidente, estacione cerca de meio quarteirão do local. Sinalize o local com triângulo, galho de árvores, pisca alerta e outros meios. O farol do veículo pode ser usado para iluminar o local do acidente, assim como lanternas. Mas nunca utilize fósforos e isqueiros, pois pode haver risco de vazamento de combustível;

No caso de ter vítimas, é importante saber que as vítimas não devem ser removidas do local, exceto se a vítima: estiver no meio da pista, sujeita a novos acidentes; ou estiver total ou parcialmente submersa, sujeito a afogamento; ou estiver exposta a gases venenosos, fogo ou explosão iminente.

Procure ajudar a manter o conforto para a pessoa acidentada. Fale com tranquilidade e não deixe que se forme tumulto no entorno dela. Se estiver de dia procure sombra para a pessoa e nunca dê nenhum tipo de líquido para ela ingerir;

Se a vítima tivere ferimentos leves cobrir com gaze ou pano limpo; em caso de sangramento intenso aplicar a gaze ou o pano limpo, pressionar e amarrar uma atadura

Se houver princípio de incêndio, utilize o extintor para apagar o fogo. 


Fonte: JORNAL O POVO, edição de 11/01/2011.

domingo, 9 de janeiro de 2011

EXCESSO OU FALTA (PINÇADO DO BLOG DO MEU AMIGO JULYVER)

Sinceramente, não sei como classificar esta cena: EXCESSO de lotação, de confiança, de imprudência, de parentes, de insegurança ou de insanidade? Ou seria FALTA de capacetes, de zelo, de prudência, de amor ou de fiscalização? Infelizmente, em muitos países orientais, o transporte irregular de passageiros e cargas em motocicletas é cotidiano. Se o fato fosse no Brasil, a aplicação de multas por "lotação excedente", "falta de capacete" e "transporte de criança menor de sete anos" ainda seria muito pouco para o inconsequente (além das infrações administrativas, também comete o crime de "periclitação de vida", do artigo 132 do Código Penal).

Fonte: http://www.transitoumaimagem100palavras.blogspot.com/

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

DA SÉRIE "EU EM OUTRAS PARAGENS"

Remeto os visitantes do blog a uma reportagem do site REVISTA CENTRAL, onde o prefeito de Quixadá-Ce, Dr. Rômulo Carneiro anuncia nova composição do secretariado daquele município, constando meu nome como diretor do Departamento Municipal de Trânsito. Referida reportagem tem dado origem a alguns comentários, consoante se pode observar por meio do link:

http://www.revistacentral.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1031:prefeito-de-quixada-anuncia-novos-secretarios&catid=119:quixada&Itemid=472

Aproveito para esclarecer que, de fato, recebi o convite e assumi um compromisso com o ilustre gestor municipal de Quixadá, Dr. Rômulo. A concretização disso, todavia, ainda depende de alguns ajustes administrativos/legais, o que, em se resolvendo, irei envidar todos os meus esforços para contribuir com a implementação de melhorias no trânsito da sobredita cidade, esperando contar com o apoio e a compreensão de todos os quixadaenses.

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

REGRAS BÁSICAS PARA UM TRANSPORTE MAIS SEGURO

Segurança nunca é demais. Partindo dessa premissa, prossigo explorando o tema, neste post me reportando, mais especificamente, aos dispositivos de retenção, sem abandonar, todavia, o foco na segurança dos "pequenos passageiros".
Assim, na modalidade perguntas e respostas, sirvo-me de conteúdo disponível na página da CET de São Paulo para aprofundar o assunto com os visitantes do blog:
O que são dispositivos de retenção?
São elementos combinados como tiras, fechos, travamento, ajuste e fixação para o transporte de crianças em veículos, de acordo com sua faixa etária, peso e altura. Também são conhecidas como "cadeirinhas".

Por que a criança deve usar estes dispositivos? No colo da mãe ela não estaria mais protegida?
Para a criança, não há nada mais aconchegante que um colo de mãe, mas, neste caso, carregá-la no colo é perigoso. Todo corpo (em movimento ou não) está sujeito às leis da Física. Dentro do automóvel não é diferente.

A inércia faz com que, ao acelerar ou desacelerar o veículo, o corpo se mantenha no mesmo estado de movimento, daí a necessidade do cinto ou dispositivo de retenção. O corpo da criança é frágil, então as consequências de um acidente as atinge com maior intensidade e, consequentemente, com maior gravidade, especialmente na região da cabeça e pescoço.
Além do cinto de segurança, que deve ser usado por crianças a partir dos 10 anos de idade e altura acima de 1,45m, basicamente estes dispositivos podem ser de três tipos: bebê conforto, cadeirinhas e assentos de elevação.
Para (literalmente) FIXAR na memória - CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIAR:


Excelente 2011 a todos!!!