"O que é que se encontra no início? O jardim ou o jardineiro? É o jardineiro. Havendo um jardineiro, mais cedo ou mais tarde um jardim aparecerá. Mas, havendo um jardim sem jardineiro, mais cedo ou mais tarde ele desaparecerá. O que é um jardineiro? Uma pessoa cujo pensamento está cheio de jardins. O que faz um jardim são os pensamentos do jardineiro. O que faz um povo são os pensamentos daqueles que o compõem." (Rubem Alves)
sexta-feira, 27 de julho de 2012
CUIDADOS ESSENCIAIS QUE O CONDUTOR DE MOTOCICLETA DEVE TER NO TRÂNSITO
Devido às facilidades de financiamento e redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), a frota da categoria cresce a cada ano. E o número de acidentes de trânsito continua elevado. Nos últimos 10 anos, a frota pernambucana de motocicletas teve acréscimo de 291% segundo o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-PE). O número de veículos de duas rodas saltou de 202.927 em 2002 para 794.259 em 2012. Esse aumento impactou na frota pernambucana como um todo. Ela cresceu 115% no mesmo período (de 1.007.613 veículos em 2002 para 2.170.524 em 2012).
Os dados relativos a óbitos provocados por acidentes de transporte sofrem efeito do crescimento vertiginoso da frota de motocicletas em Pernambuco, embora a taxa de mortalidade tenha sido reduzida para 8,6%, em 2011, se comparada ao ano anterior. Em outras palavras, isso significa que, mesmo com a redução, os números continuam alarmantes. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, de janeiro a dezembro de 2010, ocorreram 2.010 óbitos por acidentes de transporte, representando uma taxa de 22,9 óbitos por 100 mil habitantes. Em 2011, no mesmo período, foi notificado um total de 1.851 óbitos. Isso revela taxa de mortalidade de 20,9 óbitos por 100 mil habitantes.
A partir desses dados, mais do que nunca os condutores de motocicleta devem praticar a pilotagem defensiva, ainda que a maioria das vias seja encontrada em situação irregular. Por isso, o NE 10, com a ajuda do Detran-Pe, apresenta 15 cuidados essenciais que o motociclista deve ter antes e durante o trânsito. Em seguida, as principais situações de risco e, ainda, cursos gratuitos de pilotagem e direção defensiva e mecânica básica para mulheres que o órgão oferece mensalmente.
15 cuidados essenciais que o motociclista deve ter antes e durante o trânsito
1. Praticar sempre a direção defensiva a fim de evitar acidentes.
2. Ocupar o mesmo espaço de um automóvel na via, mantendo distância segura.
3. Nunca trafegar sobre calçadas ou canteiros centrais.
4. Sinalizar intenções usando as luzes indicadoras de direção.
5. Antes de efetuar manobras, olhar para os dois lados e pelos espelhos retrovisores.
6. Se a pista estiver molhada, lembrar que a distância e o tempo necessários para frear o veículo aumentam.
7. A videira do capacete deve ser mantida abaixada e trocada sempre que estiver arranhada.
8. Jamais conduzir crianças menores de sete anos na motocicleta.
9. Procurar usar roupas de couro ou tecidos resistentes, com mangas longas e justas, calças compridas, luvas e botas apropriadas.
10. Nunca consumir bebida alcoólica se for pilotar.
11. Manter os faróis regulados.
12. Não se esquecer de fazer manutenção do acelerador.
13. Utilizar buzina de maneira moderada e eficiente.
14. Retrovisores devem estar bem posicionados, para aperfeiçoar o campo de visão.
15. Os pneus devem estar sempre calibrados.
Principais Situações de risco
Caminhão arrastando corda
Carga passando da carroceria e sem lona de proteção
Veículos parados com ocupantes
Pedestres atravessando entre veículos parados
Guard-rails ou defensas
Linhas de pipa com cerol
Manchas de óleo
Grãos e frutas derramados na via
Fonte: ne10.uol.com.br
quinta-feira, 12 de julho de 2012
DESEMBARGADORA É ACUSADA POR PMS DE DESACATO EM BLITZ DA LEI SECA
Uma blitz de trânsito terminou em confusão no fim da noite desta quarta-feira (11/07) na Avenida Paulista, em São Paulo, Segundo a Polícia Militar, uma motorista se recusou a fazer o teste do bafômetro. Ela e a mãe, que é desembargadora, teriam desacatado os policiais. Já as duas dizem que os policiais as agrediram.
A desembargadora Iara Rodrigues de Castro e a filha, a advogada Roberta Sanches de Castro voltavam de um show quando foram paradas pela PM em uma blitz da lei seca. A filha dirigia o carro. Segundo os policiais, ela teria se recusado a fazer o teste do bafômetro.
Houve uma discussão, que foi gravada com um celular por um policial. Roberta teria chamado a blitz de “palhaçada” e perguntado aos policiais se eles sabiam com quem estavam falando. Já a desembargadora afirma que a polícia foi agressiva.
“Pediram documento, nós demos, simplesmente disseram ‘desce todo mundo do carro que nós vamos revistar’. Falei ‘não, cadê o mandado?’. Ele falou ‘ah, não vai deixar? Vai passar pelo bafômetro então’”, contou a desembargadora.
A filha disse então que não faria o bafômetro por não apresentar sinais de embriaguez. Ela também disse que foi para cima de um dos policiais porque ele agrediu sua mãe. “O soldado da PM empurrou minha mãe, e eu peguei e fui para cima dele, porque ele bateu na minha mãe”, disse Roberta.
Mãe e filha prestaram depoimento na corregedoria da PM acusando os policiais de agressão. Já os policiais foram até uma delegacia da Zona Oeste e registraram boletim de ocorrência contra as duas por desacato.
Em nota, a PM disse que os policiais foram desacatados e agredidos por mãe e filha. Mãe e filha foram encaminhadas ao Instituto Médico-Legal (IML) para fazer exames de corpo de delito. A PM registrou a ocorrência como autuação de recusa de alcoolemia e desacato.
Fonte: G1
QUE OUTRO TÍTULO SERIA APROPRIADO PARA A NOTÍCIA? SUGERE-SE UMA OLHADINHA NA IMAGEM QUE ILUSTRA A POSTAGEM...
A desembargadora Iara Rodrigues de Castro e a filha, a advogada Roberta Sanches de Castro voltavam de um show quando foram paradas pela PM em uma blitz da lei seca. A filha dirigia o carro. Segundo os policiais, ela teria se recusado a fazer o teste do bafômetro.
Houve uma discussão, que foi gravada com um celular por um policial. Roberta teria chamado a blitz de “palhaçada” e perguntado aos policiais se eles sabiam com quem estavam falando. Já a desembargadora afirma que a polícia foi agressiva.
“Pediram documento, nós demos, simplesmente disseram ‘desce todo mundo do carro que nós vamos revistar’. Falei ‘não, cadê o mandado?’. Ele falou ‘ah, não vai deixar? Vai passar pelo bafômetro então’”, contou a desembargadora.
A filha disse então que não faria o bafômetro por não apresentar sinais de embriaguez. Ela também disse que foi para cima de um dos policiais porque ele agrediu sua mãe. “O soldado da PM empurrou minha mãe, e eu peguei e fui para cima dele, porque ele bateu na minha mãe”, disse Roberta.
Mãe e filha prestaram depoimento na corregedoria da PM acusando os policiais de agressão. Já os policiais foram até uma delegacia da Zona Oeste e registraram boletim de ocorrência contra as duas por desacato.
Em nota, a PM disse que os policiais foram desacatados e agredidos por mãe e filha. Mãe e filha foram encaminhadas ao Instituto Médico-Legal (IML) para fazer exames de corpo de delito. A PM registrou a ocorrência como autuação de recusa de alcoolemia e desacato.
Fonte: G1
QUE OUTRO TÍTULO SERIA APROPRIADO PARA A NOTÍCIA? SUGERE-SE UMA OLHADINHA NA IMAGEM QUE ILUSTRA A POSTAGEM...
terça-feira, 10 de julho de 2012
RENATA FALZONI CRITICA, NA ALESP, A POLÍTICA DE MOBILIDADE NO BRASIL
No dia 1º de Junho de 2012, houve sessão solene pelo Dia do Meio Ambiente na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP). Renata Falzoni foi uma das personalidades homenageadas, pela sua luta a favor da mobilidade sustentável.
Aproveitando a presença de parlamentares, Falzoni fez um discurso contundente, expondo sem meias palavras a política insustentável de mobilidade atual, baseada no modelo do automóvel, e o incentivo do governo federal no sentido de expandir esse uso, em vez de priorizar outros modelos de deslocamento. Vale a pena assistir.
Aproveitando a presença de parlamentares, Falzoni fez um discurso contundente, expondo sem meias palavras a política insustentável de mobilidade atual, baseada no modelo do automóvel, e o incentivo do governo federal no sentido de expandir esse uso, em vez de priorizar outros modelos de deslocamento. Vale a pena assistir.
terça-feira, 3 de julho de 2012
"PARA NOSSA ALEGRIA!?" PASTOR-VEREADOR QUER ANULAR MULTAS APLICADAS CONTRA MEMBROS DA IGREJA
O pastor e vereador de Fortaleza pelo PSDB, Carlos Dutra, quer anular cerca de 200 multas aplicadas pela Autarquia Municipal de Trânsito (AMC) a fieis da Igreja Cristo Rei na Capital, decorrentes de estacionamentos dos carros dos fieis em local proibido.
O parlamentar promove um abaixo assinado pedindo a suspensão das autuações, que teriam ocorrido durante evento da Igreja na última semana. Além disso, Dutra solicita que a Autarquia não aplique multas durante eventos religiosos, deixando o trânsito no entorno das igrejas “fluir normalmente”.
Pastor da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), Carlos Dutra já havia apresentado recentemente outro projeto em benefício de cultos religiosos. Em proposta formulada no último mês, o vereador propõe a isenção de alvará de funcionamento para templos religiosos.
Fonte: Jornal DIÁRIO DO NORDESTE, edição de 02/07/2012.
E você amigo(a) internauta, concorda com a iniciativa do pastor-vereador? Expresse a sua opinião aqui no blog.
O parlamentar promove um abaixo assinado pedindo a suspensão das autuações, que teriam ocorrido durante evento da Igreja na última semana. Além disso, Dutra solicita que a Autarquia não aplique multas durante eventos religiosos, deixando o trânsito no entorno das igrejas “fluir normalmente”.
Pastor da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), Carlos Dutra já havia apresentado recentemente outro projeto em benefício de cultos religiosos. Em proposta formulada no último mês, o vereador propõe a isenção de alvará de funcionamento para templos religiosos.
Fonte: Jornal DIÁRIO DO NORDESTE, edição de 02/07/2012.
E você amigo(a) internauta, concorda com a iniciativa do pastor-vereador? Expresse a sua opinião aqui no blog.
sexta-feira, 29 de junho de 2012
USO DE MOTOS RADICALIZA COMPETIÇÕES DE VAQUEJADA
Com o mesmo objetivo de derrubar o boi numa arena, a prática já causa polêmica e consegue fãs em alguns setores sociais
Palmácia. A alegria e esportividade da vaquejada já valem pela emoção e servem como um teatro do que acontece no cotidiano do vaqueiro. Porém, a substituição do cavalo pela motocicleta tornou o esporte ainda mais radical e com uma dose extra de adrenalina, onde a mistura pela paixão com as motocicletas se soma com a tradição de derrubada do garrote e ouvir o grito da vitória: "valeu boi!".
Isso é o que acontece na Motojada, que já acontece em cidades da Paraíba e Pernambuco, em que o cavaleiro substitui o cavalo pela motocicleta. Para os praticantes, é uma dose de emoção a mais como um esporte radical. Porém, para quem tem mais sensibilidade com os animais, vê que há um agravamento da maneira de tratar os bichos.
Uma nova edição dessa competição está marcada para o próximo dia 29, mas desde já vem dividindo opiniões nas redes sociais pela internet. Enquanto uns afirmam que se agravam os maus-tratos aos animais, outros demonstram interesse pelo inusitado e a forma de tornar ainda mais complexa a promoção.
Premiação
O evento está marcado para acontecer no Parque de Vaquejada Gado dos Ferros, em Palmácia, já no limite com o Município de Pacoti, no Maciço do Baturité. São aguardados um público de 10 mil pessoas e mais de 50 competidores. O vencedor da prova vai ganhar um prêmio de R$ 2 mil, além de se promover por todo o domingo sorteios e o encerramento será com as bandas Solteirões do Forró, Forró Carimbada e Forró Oficial.
O coordenador do evento, Evandro Sousa, diz que se trata de uma iniciativa que somente tende a crescer, tanto pelos amantes das vaquejadas convencionais, quanto por aqueles que gostam de motocicletas e os esportes radicais.
Na verdade, a motojada é uma nova modalidade de vaquejada em que motocicletas próprias para motocross são pilotadas por esportistas que buscam o mesmo objetivo de derrubar o garrote pelo rabo, com as mesmas regras utilizadas para cavaleiro e cavalo.
A campanha contra a motojada vem tomando conta das redes sociais, mas Leandro afirma que se trata de uma campanha política, para denegrir seu nome e ofuscar a promoção que somente tem crescido em interesse, desde quando foi realizada pela primeira vez, em outubro do ano passado e, agora, quando já se anunciam em cartazes, na internet e propaganda de boca a boca sobre as atrações para este ano.
"Não há nenhum mau-trato. As regras são as mesmas da vaquejada, com uma pista de 100 metros e o garrote somente deve cair numa área forrada de areia, para que não haja nenhum dano ao bicho", disse o promotor. Ele explica que também não há riscos maiores para os praticantes, porque são pessoas já habituadas com ambas as práticas, a vaquejada e o uso da motocicleta nas trilhas de motocross. Além disso, explica que são fundamentais o uso de equipamentos de proteção, como capacetes, joelheiras, cotoveleiras e o colete. O momento de arrebatar acontece na mesma área forrada de areia, protegendo animal e o esportista, que se arrisca na linha de 100 metros da arena.
Já na primeira edição, lembrou que não houve nenhum incidente e se contou com um bom apoio na infraestrutura, como Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, segurança privada e para-médicos, inclusive uma ambulância esteve de prontidão para os casos de emergência.
O sócio de Leandro, Claerton de Abreu, também reforça que há uma campanha negativa de apostar no fracasso da promoção. "Quem gosta de animal, não maltrata", afirma.
O lugar da motojada é uma área privilegiada da serra, a 600 metros acima do nível do mar, com uma temperatura amena mesmo no final da manhã. O privilégio do local se dá, ainda, por ser plano dentro de uma geografia serrana, onde o verde predomina na paisagem.
Para os organizadores, esse é mais um atrativo para reunir uma multidão no próximo dia 29, onde uma estrutura bem maior deverá ser instalada para o público, como arquibancadas, toldos e quiosques para venda de bebidas e comidas.
A exemplo das vaquejadas, as inscrições ocorrerão na hora, entre os candidatos. A expectativa de Leandro é de atrair motoqueiros de Sobral, Canindé e até de outros Estados.
Crueldade
Para a presidente da Associação Internacional de Proteção dos Animais (Uipa-CE), Geuza Leitão, a atividade se configura, de fato, um ato de crueldade contra os animais. Ela afirmou que vai encaminhar petição ao Ministério Público da comarca daquele Município, no sentido de proibir a prática.
No documento, ela destaca que a proibição se baseia na legislação, tendo como base "o artigo 225, § 1º, VII da Constituição Federal e o art. 32 da Lei Nº 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais), incorrendo assim em condutas invariavelmente cruentas para com os animais".
Geuza anexa os cartazes de propaganda do evento e destaca que "conforme se depreende do cartaz em anexo, neste evento vaquejada, o boi será perseguido por um motoqueiro (ao invés de um cavaleiro, também crime), movido a grupos de forró e premiação em dinheiro, prática delituosa que ocorre à custa de crueldade para com os animais usados na arena".
Por fim, ela cita a doutora Irvênia dos Santos Prada, da Universidade de São Paulo (USP), que diz que a crueldade se dá porque sujeita o animal a traumatismos em diversas partes do corpo (coluna vertebral, costelas e órgãos internos, que podem sofrer rupturas), além de lesões orgânicas aliadas à vigência de dor e sofrimento mental.
Segundo Geuza, os próprios organizadores das vaquejadas estão preocupados com a ilegalidade desta prática e estão em busca de regras.
Diversão
"O que corre é que falta uma ação eficaz do Poder Público para acabar de vez com esse ´esporte´, que provoca maus-tratos aos animais, utilizados para deleite do ser humano e com objetivo de lucro para pessoas insensíveis e inescrupulosas".
Na sua opinião, nenhum animal deve ser explorado para divertimento do homem. A exibição de animais e os espetáculos que utilizam animais são incompatíveis com a dignidade do animal. Com isso, acredita que sensibilizará o Ministério Público para que proíba a iniciativa.
Beleza
Para os organizadores, há nesta campanha contrária mais do que um zelo pelos animais. Claerton diz que está mais do que comprovado que não há maus-tratos e as regras são as mesmas que se aplicam nas vaquejadas.
Já Leandro acredita que se trata de uma perseguição política e já identificada por adversários que tentam impedir que chegue à Câmara de Vereadores por meio das eleições municipais.
"Nossos animais são alugados. Ninguém emprestaria o seu gado para que fosse maltratado. Além disso, o sucesso de nossa iniciativa tem uma relação muito grande com a inveja, porque revitalizamos esse espaço, que é um dos mais bonitos da serra", disse Leandro.
Ele afirma que a campanha não irá intimidá-lo e vai investir no sucesso do empreendimento, que, na sua avaliação, será um sucesso de público e crítica, por mais que se diga ao contrário nas redes sociais.
Maciço de Baturité
Esporte com adrenalina
As regras para a ova modalidade do esporte são as mesmas da vaquejada, com o boi percorrendo uma extensão de 100 metros até ser derrubado na areia. A adrenalina do motociclista aumenta até alcançar o animal e fazer o manejo adequado. O animal deve cair na areia, após seguro pela cauda. O motoqueiro deve ter habilidades com a prática de trilha e usar equipamentos de segurança como capacete, joelheiras, cotoveleiras e colete. Os bois são de pequeno porte, chamados de garrotes, o que facilita a derrubada. Cada competidor tem dois bovinos para suas tentativas de derrubada. A queda fora da linha significa uma eliminação da prova. Ao vencedor será oferecido um prêmio de R$ 2 mil.
Fonte: JORNAL DIÁRIO DO NORDESTE, edição de 29/06/2012.
Palmácia. A alegria e esportividade da vaquejada já valem pela emoção e servem como um teatro do que acontece no cotidiano do vaqueiro. Porém, a substituição do cavalo pela motocicleta tornou o esporte ainda mais radical e com uma dose extra de adrenalina, onde a mistura pela paixão com as motocicletas se soma com a tradição de derrubada do garrote e ouvir o grito da vitória: "valeu boi!".
Isso é o que acontece na Motojada, que já acontece em cidades da Paraíba e Pernambuco, em que o cavaleiro substitui o cavalo pela motocicleta. Para os praticantes, é uma dose de emoção a mais como um esporte radical. Porém, para quem tem mais sensibilidade com os animais, vê que há um agravamento da maneira de tratar os bichos.
Uma nova edição dessa competição está marcada para o próximo dia 29, mas desde já vem dividindo opiniões nas redes sociais pela internet. Enquanto uns afirmam que se agravam os maus-tratos aos animais, outros demonstram interesse pelo inusitado e a forma de tornar ainda mais complexa a promoção.
Premiação
O evento está marcado para acontecer no Parque de Vaquejada Gado dos Ferros, em Palmácia, já no limite com o Município de Pacoti, no Maciço do Baturité. São aguardados um público de 10 mil pessoas e mais de 50 competidores. O vencedor da prova vai ganhar um prêmio de R$ 2 mil, além de se promover por todo o domingo sorteios e o encerramento será com as bandas Solteirões do Forró, Forró Carimbada e Forró Oficial.
O coordenador do evento, Evandro Sousa, diz que se trata de uma iniciativa que somente tende a crescer, tanto pelos amantes das vaquejadas convencionais, quanto por aqueles que gostam de motocicletas e os esportes radicais.
Na verdade, a motojada é uma nova modalidade de vaquejada em que motocicletas próprias para motocross são pilotadas por esportistas que buscam o mesmo objetivo de derrubar o garrote pelo rabo, com as mesmas regras utilizadas para cavaleiro e cavalo.
A campanha contra a motojada vem tomando conta das redes sociais, mas Leandro afirma que se trata de uma campanha política, para denegrir seu nome e ofuscar a promoção que somente tem crescido em interesse, desde quando foi realizada pela primeira vez, em outubro do ano passado e, agora, quando já se anunciam em cartazes, na internet e propaganda de boca a boca sobre as atrações para este ano.
"Não há nenhum mau-trato. As regras são as mesmas da vaquejada, com uma pista de 100 metros e o garrote somente deve cair numa área forrada de areia, para que não haja nenhum dano ao bicho", disse o promotor. Ele explica que também não há riscos maiores para os praticantes, porque são pessoas já habituadas com ambas as práticas, a vaquejada e o uso da motocicleta nas trilhas de motocross. Além disso, explica que são fundamentais o uso de equipamentos de proteção, como capacetes, joelheiras, cotoveleiras e o colete. O momento de arrebatar acontece na mesma área forrada de areia, protegendo animal e o esportista, que se arrisca na linha de 100 metros da arena.
Já na primeira edição, lembrou que não houve nenhum incidente e se contou com um bom apoio na infraestrutura, como Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, segurança privada e para-médicos, inclusive uma ambulância esteve de prontidão para os casos de emergência.
O sócio de Leandro, Claerton de Abreu, também reforça que há uma campanha negativa de apostar no fracasso da promoção. "Quem gosta de animal, não maltrata", afirma.
O lugar da motojada é uma área privilegiada da serra, a 600 metros acima do nível do mar, com uma temperatura amena mesmo no final da manhã. O privilégio do local se dá, ainda, por ser plano dentro de uma geografia serrana, onde o verde predomina na paisagem.
Para os organizadores, esse é mais um atrativo para reunir uma multidão no próximo dia 29, onde uma estrutura bem maior deverá ser instalada para o público, como arquibancadas, toldos e quiosques para venda de bebidas e comidas.
A exemplo das vaquejadas, as inscrições ocorrerão na hora, entre os candidatos. A expectativa de Leandro é de atrair motoqueiros de Sobral, Canindé e até de outros Estados.
Crueldade
Para a presidente da Associação Internacional de Proteção dos Animais (Uipa-CE), Geuza Leitão, a atividade se configura, de fato, um ato de crueldade contra os animais. Ela afirmou que vai encaminhar petição ao Ministério Público da comarca daquele Município, no sentido de proibir a prática.
No documento, ela destaca que a proibição se baseia na legislação, tendo como base "o artigo 225, § 1º, VII da Constituição Federal e o art. 32 da Lei Nº 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais), incorrendo assim em condutas invariavelmente cruentas para com os animais".
Geuza anexa os cartazes de propaganda do evento e destaca que "conforme se depreende do cartaz em anexo, neste evento vaquejada, o boi será perseguido por um motoqueiro (ao invés de um cavaleiro, também crime), movido a grupos de forró e premiação em dinheiro, prática delituosa que ocorre à custa de crueldade para com os animais usados na arena".
Por fim, ela cita a doutora Irvênia dos Santos Prada, da Universidade de São Paulo (USP), que diz que a crueldade se dá porque sujeita o animal a traumatismos em diversas partes do corpo (coluna vertebral, costelas e órgãos internos, que podem sofrer rupturas), além de lesões orgânicas aliadas à vigência de dor e sofrimento mental.
Segundo Geuza, os próprios organizadores das vaquejadas estão preocupados com a ilegalidade desta prática e estão em busca de regras.
Diversão
"O que corre é que falta uma ação eficaz do Poder Público para acabar de vez com esse ´esporte´, que provoca maus-tratos aos animais, utilizados para deleite do ser humano e com objetivo de lucro para pessoas insensíveis e inescrupulosas".
Na sua opinião, nenhum animal deve ser explorado para divertimento do homem. A exibição de animais e os espetáculos que utilizam animais são incompatíveis com a dignidade do animal. Com isso, acredita que sensibilizará o Ministério Público para que proíba a iniciativa.
Beleza
Para os organizadores, há nesta campanha contrária mais do que um zelo pelos animais. Claerton diz que está mais do que comprovado que não há maus-tratos e as regras são as mesmas que se aplicam nas vaquejadas.
Já Leandro acredita que se trata de uma perseguição política e já identificada por adversários que tentam impedir que chegue à Câmara de Vereadores por meio das eleições municipais.
"Nossos animais são alugados. Ninguém emprestaria o seu gado para que fosse maltratado. Além disso, o sucesso de nossa iniciativa tem uma relação muito grande com a inveja, porque revitalizamos esse espaço, que é um dos mais bonitos da serra", disse Leandro.
Ele afirma que a campanha não irá intimidá-lo e vai investir no sucesso do empreendimento, que, na sua avaliação, será um sucesso de público e crítica, por mais que se diga ao contrário nas redes sociais.
Maciço de Baturité
Esporte com adrenalina
As regras para a ova modalidade do esporte são as mesmas da vaquejada, com o boi percorrendo uma extensão de 100 metros até ser derrubado na areia. A adrenalina do motociclista aumenta até alcançar o animal e fazer o manejo adequado. O animal deve cair na areia, após seguro pela cauda. O motoqueiro deve ter habilidades com a prática de trilha e usar equipamentos de segurança como capacete, joelheiras, cotoveleiras e colete. Os bois são de pequeno porte, chamados de garrotes, o que facilita a derrubada. Cada competidor tem dois bovinos para suas tentativas de derrubada. A queda fora da linha significa uma eliminação da prova. Ao vencedor será oferecido um prêmio de R$ 2 mil.
Fonte: JORNAL DIÁRIO DO NORDESTE, edição de 29/06/2012.
quinta-feira, 28 de junho de 2012
CEARÁ: DETRAN IMPLEMENTA PROVA ELETRÔNICA PARA CANDIDATOS À CARTEIRA DE HABILITAÇÃO NO MUNICÍPIO DE TAUÁ
A Unidade Regional do Detran-CE em Tauá, nos Inhamuns, iniciou o processo eletrônico da prova teórica de trânsito. Os candidatos em busca da obtenção da sua primeira carteira Nacional de Habilitação (CNH) passam a responder, pelo computador, às questões da prova teórica sobre legislação, sinalização, noções de cidadania, primeiros socorros e mecânica de veículos. O candidato sabe do resultado logo que conclui o exame.
Os exames passam a ser diários (no processo anterior, as provas eram mensais), das 12 horas às 15 horas, na sede do Detran-CE em Tauá (BR 020, Km 89,3), onde foram instaladas cabines individuais e um conjunto de 11 computadores. Esta é a sétima unidade do Detran a receber o benefício, que melhora o nível de aprovação e de satisfação dos candidatos. Já foram implantados na sede em Fortaleza (bairro Maraponga), Sobral, Juazeiro do Norte, Russas, Morada Nova, Tianguá e
Itapipoca. As próximas unidades serão as de Crateús, Iguatu, Quixadá e
Baturité.
Fonte: Assessoria de Imprensa do Detran-CE
Paulo Ernesto ( paulo.ernesto@detran.ce.gov.br / 85 3101.5813)
Os exames passam a ser diários (no processo anterior, as provas eram mensais), das 12 horas às 15 horas, na sede do Detran-CE em Tauá (BR 020, Km 89,3), onde foram instaladas cabines individuais e um conjunto de 11 computadores. Esta é a sétima unidade do Detran a receber o benefício, que melhora o nível de aprovação e de satisfação dos candidatos. Já foram implantados na sede em Fortaleza (bairro Maraponga), Sobral, Juazeiro do Norte, Russas, Morada Nova, Tianguá e
Itapipoca. As próximas unidades serão as de Crateús, Iguatu, Quixadá e
Baturité.
Fonte: Assessoria de Imprensa do Detran-CE
Paulo Ernesto ( paulo.ernesto@detran.ce.gov.br / 85 3101.5813)
segunda-feira, 25 de junho de 2012
EFICIENTES, PORÉM...
No livro TRÂNSITO NO BRASIL: desafios à efetivação do direito de ir e vir e permanecer vivo, faço a seguinte ponderação:
"É interessante notar que o legislador, ao instituir o CTB, fez questão de explicitar, no primeiro inciso de cada artigo respeitante às competências e às atribuições dos já citados componentes do SNT , que a eles cabe 'CUMPRIR e fazer cumprir a legislação de trânsito no âmbito de suas atribuições'. Em suma, antes de cobrar, devem eles sujeição à lei. Ocorre que, não raro, o cidadão comum desconhece que, para além das prerrogativas e poderes, os órgãos e as entidades do SNT condicionam-se também ao cumprimento da lei (ou, pelo menos, deveriam fazê-lo).
Prossigo observando que, "à luz do princípio da legalidade estrita que deve nortear a gestão do trânsito, [...], sempre foi vedada a utilização de tachas e tachões como redutores de velocidade ou em substituição às ondulações transversais ('lombadas', 'quebra-molas').
[...] Não bastasse isso, o órgão máximo normativo do SNT, CONTRAN, baixou resolução, a de nº 336/2009, em que, alterando a já existente Resolução nº 39/1998, acentuou a proibição. O artigo 2º, parágrafo único da citada resolução é taxativo: 'É proibida a utilização de tachas e tachões, aplicados transversalmente à via pública, como redutor de velocidade ou ondulação transversal'.
Os órgãos executivos do SNT, ao que parece, não tomaram conhecimento da proibição [...] e seguem utilizando "à larga tais peças de concreto para os fins mais inusitados. É lamentável que, aproveitando-se da ignorância dos administrados, nessa mesma linha do desconhecimento e/ou não-cumprimento, muitas vezes seguem os responsáveis pela gestão do trânsito, em seus três níveis (federal, estadual e municipal). Aos administrados, as exigências combinadas com os rigores da lei. O tradicional 'cumpra-se!'. Aos administradores? A usança do cobrar é fácil, cômodo; cumprir com as próprias obrigações, nem tanto.
Dita postura precisa ser repensada. Afinal, dar exemplo, já afirmava o filósofo alemão Albert Schweitzer, não é a melhor maneira de influenciar os outros - é a única".
Para ilustrar o que se diz, seguem fotos, da autoria deste blogueiro, onde é possível se observar redutores de velocidade - "eficientíssimos, porém..." - implantados na entrada da cidade cearense denominada Aratuba, na Região Serrana conhecida como Maciço do Baturité):


Para não perder a ocasião, atente-se ao condutor da motocicleta na foto seguinte...


"É interessante notar que o legislador, ao instituir o CTB, fez questão de explicitar, no primeiro inciso de cada artigo respeitante às competências e às atribuições dos já citados componentes do SNT , que a eles cabe 'CUMPRIR e fazer cumprir a legislação de trânsito no âmbito de suas atribuições'. Em suma, antes de cobrar, devem eles sujeição à lei. Ocorre que, não raro, o cidadão comum desconhece que, para além das prerrogativas e poderes, os órgãos e as entidades do SNT condicionam-se também ao cumprimento da lei (ou, pelo menos, deveriam fazê-lo).
Prossigo observando que, "à luz do princípio da legalidade estrita que deve nortear a gestão do trânsito, [...], sempre foi vedada a utilização de tachas e tachões como redutores de velocidade ou em substituição às ondulações transversais ('lombadas', 'quebra-molas').
[...] Não bastasse isso, o órgão máximo normativo do SNT, CONTRAN, baixou resolução, a de nº 336/2009, em que, alterando a já existente Resolução nº 39/1998, acentuou a proibição. O artigo 2º, parágrafo único da citada resolução é taxativo: 'É proibida a utilização de tachas e tachões, aplicados transversalmente à via pública, como redutor de velocidade ou ondulação transversal'.
Os órgãos executivos do SNT, ao que parece, não tomaram conhecimento da proibição [...] e seguem utilizando "à larga tais peças de concreto para os fins mais inusitados. É lamentável que, aproveitando-se da ignorância dos administrados, nessa mesma linha do desconhecimento e/ou não-cumprimento, muitas vezes seguem os responsáveis pela gestão do trânsito, em seus três níveis (federal, estadual e municipal). Aos administrados, as exigências combinadas com os rigores da lei. O tradicional 'cumpra-se!'. Aos administradores? A usança do cobrar é fácil, cômodo; cumprir com as próprias obrigações, nem tanto.
Dita postura precisa ser repensada. Afinal, dar exemplo, já afirmava o filósofo alemão Albert Schweitzer, não é a melhor maneira de influenciar os outros - é a única".
Para ilustrar o que se diz, seguem fotos, da autoria deste blogueiro, onde é possível se observar redutores de velocidade - "eficientíssimos, porém..." - implantados na entrada da cidade cearense denominada Aratuba, na Região Serrana conhecida como Maciço do Baturité):


Para não perder a ocasião, atente-se ao condutor da motocicleta na foto seguinte...


quarta-feira, 20 de junho de 2012
REGULAMENTADO O ART. 267 DO CTB: INFRAÇÕES LEVES E MÉDIAS NO TRÂNSITO PODEM VIRAR ADVERTÊNCIA

As infrações de trânsito leves e médias poderão ser convertidas em advertência por escrito e não render mais multa nem pontos no prontuário do motorista. Uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) publicada na semana passada regulamentou o artigo 267 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que instituía a Penalidade de Advertência por Escrito, mas que não era aplicada.
A Resolução 404 foi publicada na última quinta-feira e está programada para valer a partir de 1.º de janeiro do ano que vem. Ela complementa outra resolução, a 363, de 2010, que já estabelece padrão para envio de multas e prazo para recurso. Os motoristas beneficiados pela mudança são aqueles sem antecedentes, ou seja, que não foram flagrados cometendo a mesma infração de trânsito nos últimos 12 meses.
A advertência por escrito era prevista desde 1998, quando o CTB foi reformulado, mas a falta de regras nacionais para aplicação da norma impedia que ela fosse cumprida. Na internet, correntes de e-mail já falavam, incorretamente, que as multas poderiam ser convertidas em advertência. A própria Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) mantém em seu site, na página sobre orientações sobre procedimentos após uma multa, um texto alertando que a regra não está em vigor.
Excesso de velocidade (em até 20% acima do limite da via), desrespeito ao rodízio e estacionamento irregular respondem por mais da metade das multas da capital paulista. E são infrações leves e médias. A Prefeitura de São Paulo estima arrecadar R$ 800 milhões neste ano com multas. Mas não há dados que mostrem quantas dessas multas são aplicadas contra motoristas "primários", sem infração anterior.
Na prática, a norma dá ao motorista o direito de pedir que sua multa seja convertida em advertência no momento em que receber a notificação da infração de trânsito. Isso poderá ser feito em até 15 dias depois do recebimento da multa. As informações são do jornal "O Estado de S.Paulo".
Para acessar a íntegra da RESOLUÇÃO 404/2012, clique aqui.
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